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 A Entrevista

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MensagemAssunto: A Entrevista   A Entrevista EmptySeg Fev 03, 2014 12:05 pm


A ENTREVISTA


    A Entrevista Tumblr_m10iixycbi1rqhz1qo1_500

    Cada vez mais os jogos estão mais perto de iniciarem. Mas algumas etapas pré-Arena ainda terão de ser realizadas obrigatóriamente pelos tributos. Uma delas é a entrevista. A sala de treinamento foi fechada e os tributos informados de que hoje será o dia em que eles aparecerão mais uma vez na frente de toda Panem, porém dessa vez eles terão que falar sobre a sua vida. Eles levam o dia inteiro para se arrumar e combinar táticas com seus mentores, para que no final do dia eles se apresentem ao famoso Orius Twireman.


    Todos os tributos já estão preparados para a entrevista e aguardam nos bastidores para que o apresentador Orius os chame. Como de costume, Orius chama começando pelo Distrito 1, primeiro o feminino e depois o masculino, assim por diante.

    Os tributos, antes de responderem as perguntas, devem mostrar como estão vestidos e o que sentem ao entrar no palco e serem cumprimentados por Orius.


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MensagemAssunto: Re: A Entrevista   A Entrevista EmptySeg Fev 03, 2014 12:13 pm


AS PERGUNTAS


    A Entrevista Caesar-Flickerman

    Melary
    -Olá Melary, todos nós pudemos acompanhar o dia que você se voluntariou, e sabemos que é carreirista, mas tem outro motivo?
    -Bom, o que você acha das alianças que foram formadas?
    -Você tem alguém especial fora daqui?


    Zyra
    -Minha doce e graciosa Zyra, por qual motivo você se voluntariou?
    -O que pretende fazer se for a vitoriosa dessa edição?
    -Como você imagina que está sendo para sua mãe sabendo que os dois filhos estarão na arena e o máximo que pode acontecer é que um dos dois voltem para casa?


    Zéfiro
    -Meu grande Zéfiro, qual foi o principal motivo que o fez se voluntariar?
    -O que está achando dos tributos dessa edição?
    -Agora, a última pergunta que não quer calar, o que achou da sua irmã ter se voluntariado sendo que ela tem apenas 17 anos?



    Laureen

    -Minha doce Laureen, o que está achando do tratamento de todos aqui do capitólio?
    -Caso seja a vencedora, o que fará quando voltar para casa?
    -Notamos que você e seu parceiro de distrito é bem íntima, o que vocês significam um para o outro?


    Mac Abbott

    -Meu querido Mac Abbott! Que honra tê-lo por perto. Qual foi o motivo por você ter se voluntariado?
    -O que está achando dos tributos dessa edição?
    -Sobre sua parceira de distrito, o que ela significa para você?


    Cafira
    -Sedutora Cafira, o que você acha que seu distrito espera de você?
    -Sabemos que não é só um sorriso bonito. Tem outro motivo especial para você ter se voluntariado?
    -O que podemos esperar de você na arena?


    Indigo
    -Nosso garotão! Venha cá, chegue mais perto... O que está achando dessa edição dos jogos?
    -Soubemos de muitas polêmicas a seu respeito. Acha que isso pode influenciar de alguma forma seus patrocínios?
    -Tem algum motivo especial para você ter se voluntariado?


    Heather

    -Querida Heather, o que está achando dos tributos dessa edição?
    -Tem alguém especial esperando pela sua volta?
    -Como pretende seguir dentro da arena?


    Ezra

    -Charmosa Ezra... Que prazer em conhecê-la. O que podemos esperar de você na arena?
    -Qual o grau de intimidade de você e seu parceiro de distrito?
    -O que está achando do Capitólio e seu tratamento com os tributos?


    Dorian
    -Meu amado voluntário! Venha... Todos pudemos ver seu ato de amor quando se voluntariou. Qual foi a sensação naquele momento?
    -O que espera dessa edição dos jogos?
    -Qual sua situação em relação a sua aliança?


    Darius
    -Meu garoto, venha cá. O que espera dos jogos nessa edição?
    -O que está achando dos tributos, principalmente os carreiristas?
    -O que está disposto a fazer para vencer essa edição?


    Ellie
    -Minha pequena menininha... Tão nova... Qual foi a primeira coisa que se passou por sua cabeça quando disseram seu nome na colheita?
    -Nossa! O que pensa em relação aos carreiristas?
    -Qual a relação entre você e seu parceiro de distrito?


    Dante
    -Grande garoto! Me lembro do último Archer que esteve aqui... Era bastante simpático. Tem algum motivo especial para você ter se voluntariado?
    -O que está disposto a fazer ou sacrificar para ser vencedor?
    -Existem pessoas esperando pelo seu retorno? Conte-me sobre isso...


    Olive
    -Doce Olive, o que está achando do tratamento do capitólio?
    -Quando foi sorteada, qual foi a primeira coisa que se passou em sua cabeça?
    -Existem pessoas esperando por sua volta? Um amor, talvez...


    Sichel

    -Grande Sichel. Sabemos muito pouco sobre você... Pode contar melhor o que faz em seu distrito?
    -Qual a relação entre você e sua parceira de distrito?
    -O que podemos esperar de você nessa edição?


    Demon
    -Demon, meu grande garoto, soubemos que seu pai foi brutalmente assassinado bem no momento em que você subiu ao palco, o que está sentindo em relação a tudo que tem passado?
    -Você veio do distrito 2 quando era pequeno não é mesmo? Você simpatiza bem com os dois distritos?
    -O que está disposto a fazer para vencer a edição desse ano?


    Plumete
    -Minha doce cantora, que tipo de música você cantava em seu distrito?
    -Tem alguém especial esperando pelo seu retorno?
    -O que podemos esperar de você nessa Edição?


    Fabian
    -Mais um grande voluntário! Meu garoto, você se voluntariou pelo seu irmão, certo? Quando realmente caiu a ficha de que você estaria em pouco tempo em uma arena com vários carreiristas?
    -O que podemos esperar de você nessa edição?
    -Acredita realmente que pode vencer a todos obstáculos e ser vencedor?



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Heather Fox

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MensagemAssunto: Re: A Entrevista   A Entrevista EmptySeg Fev 03, 2014 1:19 pm




HEATHER FOX
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    Usava um vestido branco como a neve, mas como não gostara nem um pouco do mesmo, respinguei uma tinta vermelha no mesmo, para ficar mais como a minha cara.

    Um tempo se passou, e aquela anta chamada Orius ainda estava no Distrito 3. Sentei-me em um sofá de plumas colorido e fiquei por lá um bom tempo, até o apresentador chamar por mim com todo o entusiasmo do mundo.

    Cheguei com a cabeça erguida e um ar superior, para mostrar que não estava com medo de nada nem de ninguém. Sentei em uma poltrona desconfortável, porém bomita, e a baboseira começou:

    -Querida Heather, o que está achando dos tributos dessa edição? - disse Orius, estava entalado na minha garganta a resposta mais sensassional de todas, mas precisava ser cuidadosa, então pensei um bocado antes de responder:

    - Realmente Orius...uns melhores que outros.Vi alguns retardados, mas muitos espertos e estrategistas. O jogo será difícil de ser vencido, mas com a garra e força de vontade necessarias, poderei conseguir sair viva da Arena. - ao terminar a frase, fiz um sorriso debochado bara as câmeras. Muitos já devem ter percebido que não estava nem um pouco a vontade naquela merda de lugar.

    Orius olhava para mim, e após alguns segundos, retornou á falar, mas quando abriu a boca, percebi que seria mais uma pergunta idiota e escrota:

    -Tem alguém especial esperando pela sua volta? - retrucou com audácia em sua voz. Nem pensei antes de responder um grosso e sonoro - Não - fiz uma pausa autoritária e em seguida prossegui- Ninguém que presta...mas com certeza, se conseguir vencer estes jogos, tentarei encontrar alguém especial...alguém que me ature. - ao terminar de falar, a platéia colorida caiu na gargalhada.

    Quando Orius anunciou que a próxima pergunta seria a última, uma felicidade mutual estampou meu rosto. Não aguentava mais aquele babaca falando aquelas porcarias, mas graças a deus, a última oergunta veio como um trovão. Rápida e direta:

    - Como pretende seguir dentro da arena? - perguntou. Não era difícil de responder. - seguirei meus instintos e tentarei ficar sempre alerta á tudo aue ocorre ao meu redor. Também pretendi ter alguns aliados para não correr tanto risco. Bom...é basicamente isso... - terminei de falar e Orius se despediu com toda alegria e amor...aquele falso. Saí do palco e fui direto para o lugar onde meu treinador e estilista estavam. Estava muito feliz que agora não precisaria mais forçar nada...é a Arena e fim de papo...vida ou morte!

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Dante Archer

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MensagemAssunto: Re: A Entrevista   A Entrevista EmptySeg Fev 03, 2014 1:29 pm



DANTE ARCHER

 Acordo cedo, mas desta vez teve que ser com a ajuda do despertador. Desde que cheguei no Capitólio, tenho acordado sempre pelas 5 da manhã - por causa do nervosismo, presumo - mas acho que a minha nota na avaliação me deixou um pouco descansado, de certa forma. Significou que os Idealizadores prestaram atenção em mim, e melhor, gostaram da minha prestação. Consideraria 10 uma nota mais que suficiente - se Caleo não tivesse tirado um 12. 

 Tinha sido o único, sim. A sua família já é queridinha no Capitólio, os Idealizadores devem amar ele e blá blá blá blá. Se meu orgulho me soubesse deixar em paz, entenderia que isso não interessa porra nenhuma tendo em conta que ele é um Carreirista e eu não. E aliás, que eu tinha tido a mesma nota que a maioria dos Carreiristas restantes, o que já era bastante bom. 
 Ellie também havia conseguido uma ótima nota tendo em conta a sua idade - um 8, bem superior à de alguns Tributos mais velhos. Não lhe quis dizer nada, mas fiquei feliz por ela. 

 Depois de ficar pensando um pouco sobre minha situação, finalmente me levanto da cama e depois de beber um copo com água, me dirijo diretamente para a sala onde me encontrarei com meus estilistas, já que são eles que tratarão de mim hoje. 

 Eles me cumprimentam com uma risadinha tímida e um aceno de mão e me pedem para ir tomar banho, e logo retomam sua conversa. Eu simplesmente encolho os ombros e faço o que eles me pedem. 

Coloco a água a correr e entro na banheira depois de despir minhas roupas. 
 As banheiras não são nada como as do Distrito 10, estas têm milhares de pequenos botões com inúmeras funções que não me passam pela cabeça. Mas há algo que me lembra minha casa - um cheiro, de uma planta que crescia perto da fazenda. O cheiro nostálgico me enche com um calor não tanto agradável, mas algo calmante. Era hoje que iria voltar para diante das câmaras... que meus irmãos me iriam ver pela primeira vez desde que cheguei no Capitólio. Decido utilizar esse cheiro como odor e quando termino de me lavar, regresso para perto dos meus Estilistas, embrulhado em uma toalha. 

 Um dos estilistas me conduz até uma cadeira e começa a pentear meu cabelo. Quando me pergunta se o quero cortar, respondo que não e ele apenas o penteia para trás, deixando-o ao natural. Poucos minutos depois, outra estilista chega com a roupa que iria vestir na Entrevista - umas calças brancas malhadas de preto como o padrão de uma vaca, uma camisa formal branca que coloco por dentro das calças e um colete marrom comprido, que se unia por uma corda que passava por vários botões de ouro. Um lenço vermelho comprido tapava o resto da camisa que o decote do colete mostrava - era um lenço bastante semelhante ao de Zachary, e quando pergunto se posso usar o dele em vez deste e me respondem que não, prendo o dele em volta do meu braço direito. Quando dou por mim, meus estilistas já estavam me colocando uma manga do mesmo material que o colete marrom envolvendo meu braço esquerdo, terminando numas fitas que se enrolavam em meus dedos. 

 Me coloco de pé em frente ao espelho para me ver quando um dos estilistas me traz umas botas compridas típicas do Distrito 10, marrons, mas cuja sola não era sequer perto do normal - tinha o toque próprio do Capitólio, eram nada mais nada menos que cascos de cabra. 

 Okaaay, não era mau de todo. Pensava eu antes de ver os outros dois estilistas, cada um deles carregando - provavelmente réplicas, pelo tamanho - de crânios de touro que prendem cada um em meus ombros. E como se não faltasse mais nada para que as pessoas olhassem para mim e gritassem Distrito 10, o terceiro estilista voltou carregando um par de enormes chifres, que desta vez não tive dúvidas em como eram verdadeiros. Ele sorriu para mim e os colocou em minha cabeça. Quando lhe perguntei se isso era uma brincadeira e se o Capitólio me detestava tanto assim, ele soltou uma pequena gargalhada e me explicou que os chifres eram símbolo de poder. 

 E bem, era verdade. Olhando-me no espelho, vejo que qualquer tributo que tivesse um mínimo amor à vida não se aproximaria de mim tão facilmente.


 Uma das estilistas veio ter comigo com um pincel embebido em tinta vermelha e começou pintando pequenos ornamentos nos crânios em meus ombros, o que me deixou um pouco incomodado porque Zachary sempre decorava seus crânios antes de os pendurar nas paredes. Quando terminou, desenhou duas leves tiras vermelhas por baixo do meu olho direito e me piscou o olho. Pergunto-me como ela soube da minha avaliação... enfim. Estava oficialmente pronto para ser entrevistado. 

 A Entrevista Bladan12

 Meus estilistas me conduzem até à saída e me desejam boa sorte. Ellie já lá estava me esperando. 
 
 Segui para meu lugar na fila sem tentar dar muita importância aos restantes Tributos. Alguns me olhavam, mas eu mantinha um ar sério e ignorava. Demorou séculos até ser minha vez de ser entrevistado e eu já estava morrendo de calor naquele fato, pior que nem podia me mexer muito ou estragaria tudo. 

 Quando oiço Orius chamando meu nome com entusiasmo, vou em pequenos passos calmos até ao palco de cabeça erguida. Quando lá chego, cumprimento primeiro o público com um sorriso e um aceno de mão, que me respondem eufóricos. Depois me aproximo de Orius com um cumprimento de mão. Aqui no palco estava um calor ainda pior e a quantidade nada natural de luzes me estava incomodando completamente, me deixando algo zonzo. Mas teria que ignorar isso... ao me sentar na cadeira, minha visão passa rapidamente por minhas mãos e reparo que já tinha estragado um pormenor do trabalho de meus estilistas ao ter roído as unhas durante todo o tempo de espera sem sequer me ter apercebido disso. Merda, só espero que Orius não note isso. 

 Orius começa sua entrevista me contando que se lembra do meu irmão. Fico surpreendido e mostro isso, pois não esperava que Orius conhecesse os Tributos das edições antes da rebelião. Ele logo me pergunta o porquê de eu me ter voluntariado, não queria ter que começar com uma pergunta tão forte mas lá terá que ser. Pensei que Orius fosse capaz de fazer a associação e descobrir o motivo por si próprio, mas talvez o público não o tenha entendido. 

 - Ora bom dia, meu caro Orius - começo por dizer, com um sorriso na cara. - E um bom dia a todo o nosso querido público também. Meu irmão Zachary era muito simpático, sim. E se foi simpático aqui nos Jogos... imagine só como ele era em casa. - solto uma pequena risada, mas me sinto tudo menos feliz por estar falando assim de meu irmão. - Ele era um rapaz espetacular, isso vos garanto. E não mereceu o destino que teve... - me coloco confortável na cadeira. Agora minha expressão estava séria. - Acho que a razão pela qual me voluntariei não seja assim tão difícil de adivinhar, juntando os fatos... - respiro fundo antes de continuar e olho o público fixamente. - Estou aqui... para vingar a morte de meu irmão.  - O que foi uma decisão extremamente idiota, penso para mim mesmo. 

 O público vai à loucura, como esperava eles não tinham feito o pequeno raciocínio. Bem, é algo pouco usual para eles... geralmente as pessoas se voluntariam pelos irmãos ou amigos vivos, não pelos mortos. Eles pareciam já querer saber da razão pela qual me voluntariei há bastante tempo.

-  Vocês parecem algo impressionados por eu dizer isto com tanta calma, mas é que para mim, ao menos, é algo que faz sentido. Zachary não foi o único meu conhecido que morreu por causa dos Jogos... - baixo a cabeça, mas logo a levanto. - Estou aqui para mostrar a todos que o Distrito 10 também é capaz. - Exclamo, mais confiante. O público vai à loucura. 

 Orius não perde muito tempo e parte para a próxima pergunta, me perguntando o que estarei disposto a fazer e sacrificar para vencer. Não perco muito tempo pensando na resposta. 

 - Absolutamente tudo. - respondo, sem demoras. - Menos a minha própria vida, é claro. - o público solta uma gargalhada e eu também. - Volto a tomar uma postura mais séria e encaro Orius nos olhos. - Eu posso não ter a razão mais sólida para me ter voluntariado aos vossos olhos, mas quero que saibam que não o fiz inconscientemente. Isto já é uma decisão que tomei há bastantes anos e venho totalmente preparado para o que vier. Farei tudo o que for preciso, não terei piedade de ninguém. E vocês - agora me levanto e caminho até à beira do palco, mirando o público seriamente -  peço-vos que confiem em mim. Sabem porquê? Porque pouco me interessa se os vossos queridos e lindos Carreiristas treinaram anos e anos para se voluntariarem. Porque não me interessa o quão mortais eles possam parecer, uma coisa eu vos garanto - que experiência com a morte, eles não têm. São treinados anos e anos para chegarem a uma Arena e matar, quando nunca mataram nada nem ninguém. Enquanto que nós, habitantes do Distrito 10, já aos 12 anos sabemos dezenas de maneiras diferentes de matar uma vaca ou um boi. Só vos digo isso. 

 O público gritava euforicamente enquanto eu retornava à minha cadeira, só esperava tê-los feito ver a realidade. Me sentia algo que satisfeito. 

 Orius também parecia impressionado com a minha resposta, mas logo seguiu para a seguinte pergunta. 

 - Pessoas esperando o meu retorno? - mais uma vez senti a realidade me abalando com todo seu peso, ao me fazer ver meus irmãos em meus pensamentos. Não podia me deixar ir abaixo com isso agora... eles estavam me vendo neste exato momento. E eu precisava não convencer apenas o Capitólio, mas também a eles. - Sim. - continuo. - Tem o rapaz responsável pelo comércio dos nossos produtos, aquele idiota não arranjará quem lhe venda a carne sem mim e meus irmãos. - solto uma pequena gargalhada, imaginando a cara de Frank naquele preciso momento. Mas logo me torno sério de novo e continuo. - Sim, porque a família Archer não se resume apenas a mim e a Zachary. Tenho três irmãos mais novos: Cain com dezasseis, Samuel com doze e Anthony com apenas nove. Como pode ver, foi a primeira Colheita de Samuel e foi muito difícil vê-lo tão nervoso quando ele não tinha com que se preocupar e não poder dizer nada. Porém, foi Cain quem mais ficou chocado... - penso em meu irmão durante a despedida. - Nós juntos continuamos o negócio da Fazenda Archer de meus pais, de certeza que já ouviu falar em nossos produtos. Bem, eu só queria que tal como vocês, meus irmãos acreditassem em mim. Eu irei voltar para eles, irei mesmo. E sei que mesmo eles não aceitando bem minha decisão, me estejam esperando na praça principal assim que eu regressar... eu sempre fiz tudo o que pude para que não os levassem para o orfanato por serem menores de idade, assim que meu pai morreu depois da morte de Zachary. Tive de retomar o negócio sozinho e fiz os possíveis para os sustentar. Agora só peço que eles também me entendam... - termino, mirando fixamente as câmaras. 

 O Capitólio parecia estar comovido dessa vez. Conseguia ouvir uma ou outra alma chorando. Não era bem essa minha intenção, já que a mensagem era direta para meus irmãos. Mas não interessa agora. Orius me agradece e agarra minha mão a levantando no ar, gritando o meu nome que faz o público gritar de volta. Me despeço do público e de Orius e abandono o palco.
 
Behind those eyes lies the truth and grief
They call you, "the Lucifer's angel" 


Última edição por Dante Archer em Ter Fev 04, 2014 4:02 pm, editado 1 vez(es)
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Olive Pevensey

Olive Pevensey


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MensagemAssunto: Re: A Entrevista   A Entrevista EmptySeg Fev 03, 2014 3:09 pm



Olive Pevensey


Foram acordar-nos tão cedo nesse dia. Não percebi bem porquê. É a entrevista, ok, mas nós somos dos últimos e bem que podiam deixar-nos descansar mais um bocado. Mas não. A velha bruxa Aloe andava em cima de nós como um falcão. Obrigou-nos a levantar, mandou-nos para o banho e em menos de 15 minutos teriamos que estar prontos para a equipa de estilistas.

Quando eles chegaram, levaram-nos a cada um para o seu quarto para nos vestirem. A minha roupa não era nada de especial. Eu já não era carismática, nunca chamei a atenção e parecia que estava tudo a querer que se mantivesse assim. Um vestido branco, sem mangas, pela altura do joelho, que acabava num folho. O vestido era bonito, mas muito normal. Arranjaram-me o cabelo, prendendo-o um pouco para trás e depois mediram-me de alto abaixo.  

O resultado final parecia não agradar. O chefe da equipa sai e depois chama-me para o seguir.
O Sichel estava a acabar de se vestir também, ele estava a ficar lindo, elegante, mas a cara dele também se contorceu ao olhar para mim. Baixei os olhos com a vergonha. O que tinha eu de errado?

-O que fazemos para esconder isto? - isto? olho para o que poderiam estar a falar. As minhas cicatrizes.

Daqueles 5 anos com aquela besta, estava completamente marcada. Queimaduras, cortes, todo o tipo de cicatrizes. Era isso que estragava todo o plano para a entrevista. O chefe dos estilistas de Sichel mede-me e parece ter uma realização.

-Espera aí- ele saiu do andar por uns momentos e voltou com um casaco fino de linho, num tom de verde escuro, e uma leggings mais ou menos no mesmo tom.

Vesti tudo e aí os dois estilistas suspiraram de alívio.

-Mais uma coisinha para ti. - No meu peito o estilista colocou um ramo de oliveira, a árvore que me dá o nome. - Agora estás linda. Uma verdadeira princesa. Vais dar cabo deles e do monstro que te fez isso.

-Já deram cabo dele. - Digo firmemente. - O Sichel deu. Ele salvou-me. - sorrio timidamente para ele. Ele sorri por momentos mas volta a afastar o olhar. - Bem, agora não é altura para falar disso. Talvez saibam mais daqui a umas horas.


*


Já estava farta de esperar. Já não conseguia ver os cornos do idiota do 10 à frente! Que nervos! Quando finalmente ele me saiu da frente fiquei bem mais aliviada. Minutos depois chamam-me a mim. Subo as escadas para o palco devagar, para tentar parecer tímida. Sento-me confortavelmente da cadeira e sorrio para todos. Orius começa a fazer as perguntas.

-Ah, Orius, sou muito bem tratada aqui. - Digo mantendo um sorriso de falsa timidez. - Acho que à muito que não era tão bem tratada. - É tão triste que esta frase seja verdade.

Segue-se a próxima pergunta.
-Deixa pensar. Quando me chamaram... pensei que era muito irónico. Finalmente alguém me iria fazer a vontade de acabar com a minha vida miserável. - Baixo o olhar nesse momento. Não queria contar minha história assim.

Vem então a última pergunta. Antes de responder rio um pouco.
- Não, não tem ninguém me esperando. Minha mãe morreu, e meu primo Richard morreu e fiquei ao cargo de um homem-besta de que fez isso. - Levanto as mangas dos braços e mostro para as câmaras as minhas marcas. - Todo meu corpo está assim.

Vejo a reação de todos. Orius está chocado e vejo as pessoas no público. Elas também o estão.
-Mas pronto.. - volto a cobrir os braços. - eu amo alguém sim... o meu salvador...que me libertou daquele martírio... ele subirá ao palco daqui a uns minutos.

O espanto que estava agora nos olhos das pessoas era um espanto esperançoso, e estava a meter-me nojo.
-Perguntou-me o que senti ao ser sorteada. Posso dizer o que senti ao vê-lo ser sorteado. "vou morrer por uma boa causa". - Sorrio para as câmaras. Agora já chega.

Orius grita meu nome mais uma vez e eu saio de cabeça erguida para encontrar Sichel à saída, não muito satisfeito.

-Já nada daquilo importa Sichel. Eles só querem saber que me salvas-te. - aproximo-me dele e beijo-o calmamente. - Boa sorte.








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Sichel Bratislav

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MensagemAssunto: Re: A Entrevista   A Entrevista EmptySeg Fev 03, 2014 4:34 pm



Sichel Bratislav


O sol subira no horizonte tal como outro qualquer dia, tirando o facto de que aquele não era um dia qualquer... Logo pela matina Os dois tributos do Distrito 11 foram acordados à pressa pela sua mentora que os obrigou a levantarem-se da cama para se irem arranjar.

- É um dia extremamente importante. - dizia ela. - vocês têm de estar impecáveis!
A mulher estava impossível naquele dia, apressou-nos a tudo, até a atirar-nos para dentro de salas separadas para os estilistas nos prepararem. Toda aquela gente estava louca, penteando com velocidade e ferocidade, arranjando as roupas, obrigando-os a vestir e a despir a prepararem-se todos aperaltados.
- Credo! Dá uma pausa! - grito para o estilista que com tanta força puxava as calças para cima, na esperança de mas vestir, que quase sentia os meus genitais a serem esmagados... Deixei por momentos o vestuário para uma curta pausa e vi Olive a sair também, estava linda, o vestido branco e o cabelo arranjado davam a Olive uma beleza que nunca antes tinha visto, só que... Os seus braços e pernas estavam cheios de cicatrizes. "É verdade... O bastardo do tio dela." lembrei-me subitamente recordando o assassínio do monstro. Dando-me um tempo para respirar, via Olive a continuar a falar com o estilista que se esforçava por cobrir as mazelas do seu corpo. Encarou-me com uma cara de espanto e iluminação, deixando-me ainda mais desconfortável do que já estava, agarrei-me à minha zona genital pedindo piedade para que eles sobrevivessem, o que tinha ela feito ou dito??
Arrastaram-me de novo para dentro da sala onde me finalmente se decidiram sobre o que iriam fazer, colocando-me dentro de um fato muito finório, todo chique e entregaram-me uma foice sem lâmina afiada, só como acessório. Confuso olhei para aquilo recebendo apenas um pedido de confiança nos estilistas que me faziam a vestimenta.
- Quando o momento chegar, é só retirares o acessório das costas e deixares a magia acontecer... - falava o homem piscando-me o olho.
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Olive estava à minha frente na fila para a entrevista, parecia querer a qualquer momento arrancar a cabeça do rapaz do Distrito 10, mulheres... Algum dia havia de as perceber... Chegou a vez dela ir à entrevista e fiquei um pouco reticente sobre o que poderia sair dali e cedo me apercebi que as minhas desconfianças estavam certas. A rapariga dissera quase tudo sobre o evento fatídico, enterrando o rapaz até à ponta dos cabelos. Não havia nada a fazer, talvez até fosse melhor entrar na jogada dela, vendo-a voltar recebo um beijo rápido e calmo nos lábios dela enquanto as pessoas se acalmam da agitação. Orius passou à próxima apresentação do Distrito 11, chamando o meu nome bem alto para que eu avançasse, mas fiquei um pouco parado, hesitando sobre o que podia acontecer ali, muita coisa passou pela minha mente, coisas malucas... Olhando para trás vi o estilista que preparou o meu fato a olhar-me e a acenar com a cabeça com serenidade, como se pedisse para confiar nele... Inspirei bem fundo e avancei com tudo o que tinha. Credo a multidão era imensa e as luzes ofuscavam qualquer um, dando passadas rápidas avancei para Orius cumprimentando-o com um sorriso meio estranho no rosto.

- Grande Sichel. - falou o homem quando se sentaram. - Ás vezes fico-me a perguntar sabes, sabemos muito pouco sobre ti e sobre o que fazes no teu distrito.

- Pois bem Orius, essa é uma pergunta um pouco desinteressante deixa-me que te diga... - confesso com um sorriso na cara ajeitando-me na cadeira. - É porque eu passo os dias todos a trabalhar no campo, com a foice a cortar o que seja preciso e sejamos um pouco honestos... Aquilo é puro aborrecimento! Um pobre coitado ali a cortar coisas todo desidratado ao sol não é uma visão muito boa... Os meus pais estão já muito velhos para trabalhar pelo que tenho de ser eu a trabalhar os campos maioritariamente e não deixa muito tempo para nada mais...

Bolas... A primeira pergunta tinha sido a pior, eu não fazia nada da vida ao certo... Nada de interessante claro.

- É bem complicado algo assim. No entanto todos nós sabemos que isso não é totalmente verdade! Não é? - pergunta o homem para a audiencia, provavelmente viria o assunto de Olive, de certeza, todos eles haviam ficado a saber do acontecido no distrito. - Pelo que ouvimos durante o dia és um colhedor mas de noite a tua companheira de Distrito Afirma que és um salvador... Confessa lá para todos nós a vossa relação e tudo! - falou o homem inclinando-se na cadeira ansioso pela resposta.

- Bem, fui apanhado! - exclamo levantando os braços em sinal de rendição. - Tudo aconteceu numa noite em que voltava dos campos, decidi ir dar uma volta... coisas do destino quem sabe. Passeava muito descansado com a minha foice que como podem ver nunca me deixa. - declaro apontado para o acessório. - então ouvi um grande tumulto num dos lados da rua. Foi a primeira vez que a vi, estava caida com um homem por cima dela, as lágrimas no seu rosto caiam e pedia desesperadamente ajuda, não podia deixar aquilo passar. Corri misturando-me como a noite e movendo a foice cortei o homem, matando-o logo directo.

Todo o publico escutava a história romântica dos dois tributos do Distrito 11, absorvendo toda a emoção e orgulho que a minha voz tentava expressar.

- Mas que acto de coragem, um verdadeiro cavaleiro de armadura brilhante que veio salvar a princesa em apuros! - exclama Orius para a multidão. - Muito bem parece-me que temos tributos bastante interessantes este ano, conta-nos o que pudemos esperar de ti nesta edição? - pergunta o homem interessado.

- Orius Orius... - digo abanando a cabeça. - Se contar-mos o conteúdo de um bom filme, será que vai ser a mesma coisa vê-lo? Obvio que não, por isso têm de esperar pelos jogos para verem... Mas uma coisa vos garanto, - continuo levantando-me da cadeira. - vai ser algo marcante!

Com aquela exclamação final confio no que o meu estilista tinha dito e retiro o acessório balançando-o elegantemente no ar, saindo do fato chique uma fina cortina de fumo negro começou a sair cobrindo-me com um manto negro tapando-me. A multidão exclama em espanto ao ver a minha figura coberta por uma fina camada negra semelhante a fumo e empunhando na mão a foice como uma figura ameaçadora saída de um conto de fadas.

Orius exclama o meu nome fazendo a multidão irromper em aplausos para a minha saída meio fantasmagórica. Correndo de novo para o elevador encontro o homem que me vestira e abraço-o agradecendo-lhe por tudo, fora um espectáculo fantástico e estava-lhe agradecido por isso.





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Mac Abbott

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MensagemAssunto: Re: A Entrevista   A Entrevista EmptySeg Fev 03, 2014 4:35 pm



Mac Abbott


Não consegui dormir. Simplesmente não consegui. Tendo que ser sincero numa razão.... Detesto palcos!! Detesto! Hoje é a entrevista e eu vou estar lá, bem no centro, com todos me olhando, todos me ouvindo... e pior...

Tenho que lhes provar que estão errados, que o distrito 3, não está "apagado". Eu e Laureen queremos ser discretos. Assim teremos mais hipoteses. Mas se formos fuscos, não teremos patrocínios, e podem fazer falta.

Os estilistas chegam de manhãzinha. Nos separam em cada quarto e nos prepararam. Isso sim. Massajar o couro cabeludo foi a melhor parte mesmo. Estava quase a adormecer, se fosse só isso, bem me podia habituar.

As minhas roupas eram simples, mas lindas. Um fato preto, com alguns acabamentos a prateado e um led sobre o peito com o D3 gravado. Maravilhoso. Seria algo que era capaz de usar em casa, sapato preto, a brilhar. Tudo era lindo.

Esperei que Laureen se preparasse, ela estava tão linda.. Certamente não a achariam apagada agora. Eu não a achava, nunca. Ela era sempre linda. Beijei-a docemente antes de seguirmos e aguardei a sua vez na entrevista sem nunca largar a sua mão.

Quando ela foi chamada, caí no pânico. Nem me consegui concentrar no que ela disse, ou nas perguntas dela. Venus ao meu lado dava-me algumas orientações e eu tentava acalmar-me. Treinei o meu sorriso. Meu melhor atributo é meu carisma. Mais vale usá-lo bem enquanto posso.

Orius chama o meu nome, e eu entro já sorridente. Acenando para o público e mandando uns beijos para algumas garotas que lá estavam sentadas. A multidão gritava e gritava, estava a começar a ficar tonto. Sento-me na cadeira e mantendo esse sorriso encaro Orius esperando a primeira pergunta.

-Nossa... acho que honra é uma palavra muito forte. Também estou muito contente por estar aqui consigo. - meu sorriso se abre mais ao dizer isso. - Bem, Orius. Meu voluntariado teve apenas um motivo... acompanhar Laureen no seu caminho para a vitória.

Umas pessoas aplaudem, e meu sorriso se torna triunfante enquanto espero a segunda pergunta que então vem.

- Tem tributos muito bons esse ano. Muitas garotas bonitas. - digo piscando o olho, o que levou a algumas risadas do público e um pouco do próprio apresentador. - Não vai ser uma competição fácil. Mas creio que vocês vão amar nossas prestações.

Aí vem a última pergunta, na realidade me deixa a pensar um pouco. Mas a resposta me saí natural e era totalmente verdade.

-Laureen para mim, significa o mundo, eu não existo onde ela não está. Rio com ela, choro com ela, irei sofrer com ela, e se assim tiver que ser, morrerei por ela. - ouço alguns elementos do público chorando.

Orius chama meu nome novamente. E eu me levanto fazendo uma vénia.

-Não se preocupem, lindas garotas, ainda terão muito de Abbott para ver. Obrigado! - Digo piscando o olho antes de sair.








No, please don't destroy what I have found
There came a world where our happiness died and flew out
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Ezra Hemlock

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MensagemAssunto: Re: A Entrevista   A Entrevista EmptySeg Fev 03, 2014 6:47 pm



EZRA HEMLOCK

 Infelizmente tinha chegado o dia em que me mostraria em frente das camêras, bem em frente de toda Panem. Teria que fingir gostar desses idiotas coloridos se quisesse ganhar algum patrocínio! Por favor. Felizmente minha mentora me diz para ser direta e honesta mesmo, mas meus estilistas e acompanhante não acharam isso muito boa ideia. Mas que se foda! Foi a Johanna quem já venceu essa porra uma vez mesmo. 

 A equipe de preparação não perde muito tempo e começa me tratando de tudo - pele, pestanas, sobrancelhas, nem uma porra de centímetro do meu corpo escapa. Como podem existir mulheres que gostem disto!?
 Suspiro enquanto eles terminam seu trabalho. Depois de finalizado, uma das estilistas me trás a roupa que irei utilizar na Entrevista. 
 E ela só pode estar brincando! 

 Uma camisa comprida sem mangas, feita de um tecido velho e rústico, marrom mais escuro nas extremidades e mais claro desde o peito até ao final da barriga, formando uns 'X's ao longo do corpo. E pior - tinha umas coisas peludas nos ombros! Umas coisas redondas, cinzentas, feias e peludas! Não mereço isso. E claro, para finalizar com a chave de ouro, uma saia! Não visto uma desde que tenho o quê, 8 anos!? Ainda por cima era feita de um material duro, como... uma armadura? 
 Me colocaram também uma ombreira no ombro direito feita do mesmo material que a saia, uma espécie de metal. Uma fita marrom prendia a saia ao resto da roupa e as botas, da mesma cor marrom, que terminavam no mesmo material fofo, peludo e cinza que as... coisas que me colocaram nos ombros. Ugh! 
 Meu estilista se aproxima de mim e quando me toca quase me arrepia. Ele sobe sua mão por meu pescoço e prende meu cabelo em forma de uma bola com a ajuda de um elástico. Depois, ele se aposenta e regressa em poucos segundos com dois machados em miniatura que espeta na bola formada por meu cabelo. Um pequeno sorriso se forma no canto de meu lábio quando os vejo ao espelho, pareciam ser a única parte decente da minha roupa. 

A Entrevista Ezrqa10

 Já pronta para ser entrevistada, me aposento da sala de preparação e me dirijo à sala de espera, em que em poucos minutos Tyler se junta a mim. 

 O olho de alto a baixo com um sorrisinho trocista em meus lábios. 

 - Bem, você está... ridículo. - comento, soltando uma gargalhada. Depois me viro para a frente e o ignoro o resto do tempo até chamarem meu nome. 

 O moleque do Seis finalmente regressa e meu nome é finalmente chamado. 
  - Txauzinho, idiota - digo para Tyler, antes de começar a caminhar em direção ao palco de queixo erguido. 

*
 
Subo no palco com meu típico sorriso e a plateia grita por mim. Não posso negar que estava adorando essa atenção toda e iria fazer os possíveis para causar ainda mais. 

 Orius não perde tempo com apresentações desnecessárias e parte logo para as perguntas. 

 - O prazer é todo meu, Orius. - falo, com ironia. - Que bom estar aqui, hein. - charmosa? Ele de certo não me havia entendido bem. Enfim. - O que podem esperar de mim, me deixe pensar... vocês poderão esperar de mim o melhor que não vos desiludirei, mas os restantes Tributos é melhor não gastarem muito tempo esperando porque eu não pensarei muito em relação ao dever espetar meus machados em seus crânios ou não. - o público solta uma grande gargalhada, e eu os olho incrédula. - Que foi? Estou falando bem seriamente. Posso não estar aqui por escolha, mas também não estou aqui para brincadeiras nem para fazer amiguinhos. - encolho os ombros. - Se bem que o catálogo de tributos desse ano para travar novas amizades também não seja muito apelativo... - A plateia volta a rir às gargalhadas, e desta vez eu rio também.

 Orius não se contém e solta uma pequena gargalhada também, mas logo parte para a próxima pergunta. Não acredito! Este idiota queria saber minha relação com o burro do Tyler...! Era só o que me faltava, ter que falar desse idiota. 

 - Aff, Orius, nem me fale desse...! - respondo rapidamente, sem hesitar. O público e Orius pareciam intrigados, e este me pediu para continuar. - Quer mesmo saber? - talvez essa fosse minha oportunidade para arruinar a vida do garoto depois do que ele me fez. - A verdade é que esse babaca foi meu namorado, faz uns 4 ou 5 anos já. - o público vai à loucura e um enorme sorriso trocista surge em minha cara. - E vocês, que possam eventualmente estar interessados nele - aponto para o público enquanto falo - só vos aviso de que não-vale-a-pena! Nem esforço! Nem pena! Nem nada! - suspiro, já estava elevando meu tom de mais. - Ele é infantil e burro demais. Agora pouco falamos, a não ser quando ele vem falar comigo só para dizer alguma piadinha ou baboseira infantil em relação ao meu nome. - encolho os ombros. - Ele que se foda. 

 Todos pareciam surpreendidos com minha resposta, muito provavelmente nada do que eles estavam esperando. Totalmente o contrário. Mas que se foda mesmo, não tinha que fingir gostar desse imbecil. 
 Então Orius me pergunta o que estava achando do tratamento do Capitólio. Suspiro bem alto antes de responder. 

 - Não vou mentir Orius, adoro toda a atenção que me dão. - mantenho meu sorrisinho. - As pessoas parecem mais simpáticas e bem dispostas, nada como no Distrito 7. Só espero que me continuem dando essa atenção quando estiver dentro da Arena, hein! - exclamo, me inclinando para o público que solta uma gargalhada. - Estou contando com vocês. 

 Me levanto depois de Orius, que grita meu nome mais uma vez e me dá autorização para abandonar o palco, que assim o faço de cabeça erguida. 


The sweet escape is always laced with a familiar taste of poison




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Darius Blundergold

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MensagemAssunto: Re: A Entrevista   A Entrevista EmptySeg Fev 03, 2014 8:21 pm

verde:Darius
amarelo:apresentador
cinza: pensamento


Eu usava uma calça jeans azul escura, uma camiseta verde clarinha com um colar de uma pequena garrafa  com uma raiz de arvore dentro, e por ultimo eu usava uma sapato marrom escuro.
Espero o meu chamado, assim que escuto o meu chamado escuto uma multidão gritando meu nome.
Eu estava nervoso, era a minha chance de conseguir patrocinadores e conquistar o publico.
Chegando no palco, eu aperto a mão do rapaz que iria me entrevistar.
Apos de apertar a sua mão eu aceno para a multidão.

-Uooouu! Quanta gente !
Me sento na poltrona que tinha atras de mim, assim que sentei recebi a seguinte pergunta do apresentador.
-Meu garoto, venha cá. O que espera dos jogos nessa edição?
Então com um sorriso eu respondo.
-Bom, eu espero que esse ano não nos coloquem numa arena muito quente, gostaria que fosse uma arena na floresta, ai eu poderia mostrar as minhas habilidades como plantar, e colher frutas.
E provavelmente eu teria um pequeno estoque de alimento e não vou ter perigo de morrer por uma fruta envenenada.
 
O entrevistador começou a rir e perguntou para a grande multidão.
- Que garoto experto né ? vamos ver se essa estrategia dele vai dar certo HAHAHAHAHA!!!
Então pensei comigo:
'' claro que vai dar certo, mas preciso encontrar um lugar bem escondido para  plantar,perto de algum lago com água potável''.

O apresentador olhou para mim  após de terminar sua gargalhada.
-O que está achando dos tributos, principalmente os carreiristas?
Bom, dizem que carreiristas  sempre estão em vantagens em formar aliados, e vou ter muita sorte se não me encontrar na arena com eles, e se eles me encontrarem, eu desejo sorte a eles pois estarei com a minha lança e meu pequeno estoque de facas junto a mim.
-Você esta correto meu rapaz, os carreiristas sempre se dão bem, em muitas vezes eles conseguem formar otimas estrategias de jogo, não é verdade pessoal? HAHAHAHAHAHA!!!
Dei uma pequena risada, uma risada meio que forçada...
-Então vamos para a ultima pergunta meu rapaz.
-O que está disposto a fazer para vencer essa edição?
-Eu estou disposto de fazer tudo que for possivel, vou plantar uma pequena arena com frutas, vou montar uma caverna em algum lugar que tenha água por perto.
Me desculpe, não posso revelar o que estou disposto a fazer, tem outros tributos olhando estou certo?

O entrevistador me olhou com um olhar e pensando:
'' esse garoto deve ir longe''.

Após que respondi a pergunta ele se levanta e grita.
- ENTÃO É ISSO, DARIUS BLUNDERGOLD, O GAROTO DO DISTRITO 9!
Me levantei, me despedir dele e da grande multidão.
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Melary Gillian

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MensagemAssunto: Re: A Entrevista   A Entrevista EmptyTer Fev 04, 2014 3:21 pm



Melary Gillian




Acordei antes que estilistas e eles chegaram quando eu estava tomando banho. Não demorei muito para sair, mas mesmo assim eles pareciam apressados para fazer as coisas. Em meio a correria o Mike, meu estilista, entra no quanto com o vestido.

Após vestir o vestido fiquei mais um tempo parada esperando os últimos toques. Não sabia o que aquele vestido tinha, mas era um pouco pesada para ser um vestido.

- Mike isso parece...
- Sim Melary, mas não é o que você esta pensando.

Ao escutar aquilo fico um pouco aliviada. Parecia um vestido de noiva, pois tudo era branco. Branco até de mais.

Nele tinha diamantes enfileirados diagonalmente e brilhava muito, mesmo estando num quarto com a luz fraca.

- No final rasgue o vestido e ele irá mostrar o que você é. - Diz Mike estregando-me duas pulseiras. Coloco-la assim que ele me entrega e fui até onde todos irão esperar até serem chamados. Sou a primeira.


-*-*-*-


Ao esperar todos os tributos o Show começou. Orius fez sua introdução e me chamou ao Palco. Subo as escada cuidadosamente e vou até ele. Quando entrei na visão das pessoas do Capitólio a gritaria se tornou ensurdecedor. Orius pegou a minha mão e deu-me uma pequena reverência e fiz-lhe o mesmo e indicou-me para sentar.

- Olá Melary, todos nós pudemos acompanhar o dia que você se voluntariou, e sabemos que é carreirista, mas tem outro motivo?

Senti-me encurralada. O único jeito era mentir, mas falar o que? Penso em algo rápido e falo:

- É porque eu não estava aguentando a minha vida parada dentro do Distrito. E também soube que a minha irmã estava doente e com o dinheiro que a gente ganha não seria o suficiente então acabei por vim até aqui. - Digo tudo sorrindo.

Ele não perde nenhum segundo e vai para a próxima pergunta.

- Bom, o que você acha das alianças que foram formadas?

- Todos tem a possibilidade de ganhar e todos acabam sendo uma ameaça, mas sinto que a aliança entre o Distrito 2 e 4 é a mais fraca, pois os outros tributos estão bem grande nessa edição e acho q foi uma idiotice eles terem ignorado a todos e simplesmente fechando entre eles.

Orius ficou um pouco surpreso com a resposta, mas logo deu-me a última pergunta.

- Você tem alguém especial fora daqui?

-Só a minha irmã. Talvez alguns garotos que achei atraente em meu distrito, mas acho que isso não conta. - Digo na tentativa de fazer uma piada. Claramente eu não estava sendo eu mesma ali, mas tinha que fazer o máximo para conseguir algo na arena. Felizmente o Capitólio riu da piada.

- E essa foi a Melary Gillian! Distrito 1! - Gritou ele e ao mesmo tempo o Capitólio gritou junto.

- Orius... - Falo segurando em seu braço para chamar a sua atenção. Pego as laterais do meu vestido e puxo na tentativa de rasgar, mas foi bem fácil e não fiz nenhum esforço. O tecido começou a ser sugado pelas pulseiras deixando um vestido preto com estampas bordadas de branco de diamantes. O tecido sugado transformou em algo deixando os diamantes para fora. E os diamantes começaram a abrir transformando em flores e sem pensar duas vezes joguei-os para o pessoal do Capitólio espalhando as flores o máximo que conseguia. Deixei apenas uma em minha mão e entreguei-a Orius e sai do palco em meio a gritaria.


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Zyra Hardlux

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MensagemAssunto: Re: A Entrevista   A Entrevista EmptyQua Fev 05, 2014 9:57 am


Zyra Hardlux

Não aguento mais passar se quer mais um dia dentro dessa merda de prédio. Cadê a Arena que não chega logo? Quero mais é que tudo isso acabe e de preferência o mais rápido possível. Acordo e vou direto pro banho, tenho muita coisa pra fazer ainda já que hoje é o graaande dia da entrevista com Orius.

Depois de tomar meu banho me deparo com a minha equipe de preparação e inclusive de meu super estilista. Ele me mostra a roupa que vou usar e estou imensamente maravilhada, ao mesmo tempo que ela me deixa fofa, me deixa extremamente mortal. Me deito na banheira e a equipe começa a preparar o meu cabelo, minhas unhas, minha pele, para que tudo ficasse o mais perfeito o possível.

Depois de me secar e estar totalmente pronta, meu estilista pede para que me visto. Preciso de toda a ajuda necessária e tenho medo de que o vestido seja muito pesado para eu carregá-lo até o final da entrevista. Eu sou forte e aguento ele por bastante tempo, acredito.

Me sinto na era medieval, onde os cavaleiros usavam aquela armadura platinada e esbanjavam força e determinação. Meu vestido tem um saiote longo e armado com uma cota de malha, como os guerreiros utilizavam na antiguidade. A parte de cima é uma armadura platinada que valoriza o meu seio, sem mangas e num estilo tomara que caia, meu busto todo à mostra. Meu cabelo é separado em duas partes e trançado por inteiro, eu não queria que fosse assim porque prefiro ele solto sempre, mas tudo bem. No fim de cada trança é posto um laço metálico e bem pesado por sinal, mas é o que eu disse: consigo aguentar.

Só me resta colocar o sapato, mas é tão complicado abaixar que o meu próprio estilista coloca. Ele é como todo o meu vestido. Feito de platina como se fosse uma armadura para os pés, mas gracioso ao mesmo tempo. Estou pronta e finalmente está na hora de ir para a apresentação.

Chegando lá, ouço a entrevista dos dois primeiros concorrentes e... que merda essa garota tá falando? Ela sabe com quem está indo pra Arena? Sabe com quem está realmente lidando? Queria no mesmo instante subir naquele palco e arrancar a menina pelos cabelos. Aquele vestido era uma bosta, ainda mais com todos os efeitos que o merda do estilista criou, tá parecendo uma luminária empoeirada. Flores? Graciosa... só que não. Vamos ver quem essa menina pensa que é amanhã.

Escuto chamarem o meu nome e me dirijo, puta da vida pela entrevista da garota e vou até o centro do palco. Orius me recebe de forma calorosa, um abraço e um beijo no rosto. Ele me conduz até a poltrona onde me sento e espero ansiosa pelas perguntas.

A primeira vem impactante, ele quer mais audiência para o programa e é óbvio que faria as perguntas que o povo mais espera. Olho para ele e concentro o olhar para nos dele.

— Orius, eu sinto a ansiedade de ir para os jogos há muito tempo e me voluntariar seria a minha chance. Briguei no centro de treinamento com uma put... - corto a palavra no meio e a refaço. - garota, ela tem a mesma idade que eu e bem provável que seja o tributo da próxima edição. Ela estaria arruinando o meu desejo de vir para a Arena e é por isso que me voluntariei neste ano.

Sinto que fui bem clara e direta sobre o assunto, espero que ele não me faça perguntas tão mais fortes quanto essa. A próxima vem com pouco menos intensidade e decido respondê-la da forma mais sincera que posso.

— Claro que todas as riquezas viriam pra mim, mas estou mais interessada no título. Viagens pelos Distritos e gastança não podem faltar né Orius?


Estou pouco me fudendo para o que os outros vão achar e me raiva sobre a garota do um ainda não passou. Eu acho que preciso sanar a minha sede na Arena começando por ela, de repente a próxima pergunta vem com um baque muito mais forte que a primeira. Como... como ele tinha coragem de perguntar uma coisa tão íntima pra mim?

— Deveria estar orgulhosa de ter seus filhos competindo pelo título. Um morrer ou mesmo os dois é só consequência, mais cedo ou mais tarde vamos todos acabar morrendo e... a real opinião dela eu não faço a mínima ideia, talvez você possa perguntar a ela em um outro momento.

No mesmo instante aponto onde estava minha mãe na platéia. Se Orius quisesse essa resposta teria que conversar ele mesmo com ela, afinal nem eu sei o que ela pensa. Me levanto e ele grita o meu nome, no final me dirijo para os bastidores novamente emputecida e me segurando para não dar um soco na cara da garotinha quando passo por ela.

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Demon Nashville

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MensagemAssunto: Re: A Entrevista   A Entrevista EmptyQua Fev 05, 2014 1:14 pm





DEMON NASHVILLE

    Acordo cedo na noite antes da Arena, mas a ansiedade toma conta de mim. Quero acabar logo com esta entrevista e partir ao ataque. Seja o que deus quiser.

    Vou de Aerodeslizador até o estúdio, e ao chegar nawuele grande e lardo edifícil, vejo um terno azul escuro com detalhes brancos e logo percebi que aquela seria minha roupa da entrevista. Nada mal comparado com outros tributos.Espero um longo tempo. Ouço Orius anunciar mil nomes, Distrito 1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11, até que mais do que finalmente, ouço o apresentador chamar:

    -Reçebam com todo carinho e amor do mundo, o sofrido e amado DEMON NASHVILLE!!Vou caminhando lerdamente até o palco, quando me senti na poltrona e fico frente-a-frente com Orius, o homem extravagantemente estranho da Capitólio. Ele me encara com um sorriso tão falso quanto amcor de seus cabelos. A raiva me consome, mas logo me controlo e sorrio de volta, em seguida para as câmeras. A entrevista começa:

    -Demon, meu grande garoto, soubemos que seu pai foi brutalmente assassinado bem na hora em que subiu no palco, o que tem sentido em relação a tudo que tem passado? - perguntou o apresentador. Demoro á responder, pois sei que não posso ser realmente sincero em relação aos meus sentimentos aqui nesta merda também conhecida como "Panem", portanto, apenas abaixo a cabeça para conter o ódio que controla meu corpo e ainda de cabeça baixa respondo:

    - Bem, Orius, estou abalado com o fato ocorrido, e realmente queria meu oaia qui comigo, torçendo por mim, mas seguirei em frente por ele, e aos que não sabem, meu pai casou se com outra mulher ha alguns anos, e até teve uma linda garotinha com ela. Só soube da notícia antes de vir para cá, e sem dúvidas que tentarei ao máximo sair vivo para honrar o nome do meu pai, e para sustentar e amar a nova família que espera por mim lá fora...espero realmente que meu pai esteja bem agora. - Ao terminar de falar, faço uma pequena pausa, quando uma lagrima acidentalmente cai se meus olhos, meu rosto fica vermelho, e a platéia faz um som de piedade, como se precisasse da pena daqueles trouxas. Orius pergunta se estou bem, mas logo que faço um movimento com a cabeça indicando afirmação, portanto, ele começa com a segunda e penúltima pergunta:

    - Você veio do Distrito 2 não é mesmo? Você simpatiza bem com os dois Distritos? - a pergunta fica presa em minha cabeça. Realmente nunca parei para pensar no que eu sinto em relação ao 2, mas penso rapidamente e logo respondo:

    - Na verdade, eu fui muito feliz no Distrito 2, mas meu lar é no 12. Foi lá que encontrei meus amigos, foi lá que estudei, foi lá que realmente vivi. Mas sem dúvida nenhuma, sempre simpatizei com ambos os distritos, são ótimos, embora que de maneiras diferentes. - após responder, faço um risinho forçado e a platéia me aplaude. Orius também ri e nós ficamos esperando a platéia terminar de aplaudir, quando ele faz a última gloriosa pergunta. Me sinto aliviado que este porra esteja finalmente acabando.

    -O que está disposto á fazer para vencer a edição deste ano? - pergunta o apresentador. Não é nem um pouco difícil de responder. Desde que ando treinando para estes jogos, tenho esta resposta formada em meu cérebro:

    - Olha...os Jogos Vorazes tratam justamente de passar por cima do outro sem fazer com que os telespectadores lhe odeiem. Farei o que for para vencer, mas sempre fiel aos meus aliados. Tentarei com todas as forças do universo vencer estes jogos, mas estarei disposto á tudo, exceto traição. Traíras não merecem sair vivos daquela Arena. - falo calmamente, ansioso para Orius se despedir de mim, para eu poder voltar para a torre e pensar em estratégias e coisas do tipo. E não deu outra, o homem se levanta , agarra minha mão e diz:

    - Este é Demin Nashville! Uma calorisa salva de palmas! Ele merece! - fico constrangido, e finalmente, me retiro do aposento. Ao chega no camarim, percebo minha estilista me aplaudindo com todas as forças, Katniss, do outro lado da sala, está sentada, olhando para mim com uma cara sem nenhuma expressão. Vou até ela edigo que não quero ir para a Arena desse jeito, com minha mentora puta pelo fato de eu não realmente ser do Distrito 12, e então percebo um curto sorrisinho se formando no canto de sua boca.

    Explico para ela que sou realmente do Distrito 12 e ao ganhar sua confiança, vamos conversando no Aerodeslizador.Ao chegar tarde da noite na torra, deito-me na cama e o inevitável ocorre. Não consigo dormir. O dia seguinte será longo e tambem poderá ser o último de minha curta e feliz vida. Sempre pensando positivo.









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Cafira Seamus

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MensagemAssunto: Re: A Entrevista   A Entrevista EmptyQui Fev 06, 2014 8:32 am


Cafira Seamus

As coisas não estavam indo nem de perto da forma como achei que iriam. Tudo parecia ser complicado e burocrático demais. Apesar de ter tentado deixar claro para os rapazes que estava do lado deles, eles não pareceram tão convictos disso. Não os culpei pela falta de confiança, já que aqui não se pode confiar em ninguém, mas o fora que tomei depois foi extremamente frustrante e doloroso.

Minha nota na avaliação foi baixa. Fiquei sentada na minha cama, encarando a parede por horas a fio, tentando imaginar a reação dos meus pais ao verem que me saí mal, e nenhuma das reações imaginadas foram positivas. O que não contribuiu para meu estado de espírito. Meu distrito deveria estar em fúria, já que estavam acostumados com notas bem mais altas das garotas carreiristas. Eu precisava me redimir. A entrevista era a chance perfeita para isso.

Olhei para frente e me peguei sendo analisada pela garota loira de olhos claros e cansados. Aquele reflexo no espelho não parecia ser meu. Nunca havia me sentido daquela forma: sendo tão pouco eu mesma. Estava sentindo falta do drama de Marrie, que tanto detestava; das bobagens de Arthur, que me davam nos nervos; e principalmente do falatório do meu pai, para o qual eu era tão esquiva.

Eu comecei a me questionar todo o tempo quanto às minhas decisões. Já não tinha certeza de que valia a pena ter me voluntariado apenas para agradar aos meus pais.

― Perfeito! ― entoou minha estilista assim que entrou no quarto sem nenhuma cerimônia. Não parecia ser muito mais velha que eu. ― Sou Miranda. ― Ela falava comigo, mas seus olhos estavam grudados em uma pequena prancheta que carregava consigo.

Miranda continuou em frente à porta aberta, enquanto a pequena multidão que a acompanhava espalhava-se por todos os lados, se instalando no recinto. Minha estilista escrevia freneticamente com a caneta deslizando pelo papel na prancheta ― o que parecia ser algo absolutamente impossível de se fazer devido o tamanho exagerado de suas unhas pintadas de vermelho, combinando com o cabelo longo cor de fogo que descia até a cintura. Ela parou bruscamente de escrever e encarou o vazio além do objeto que segurava. Logo um rapaz jovem e muito gato, porém estranho (sua pele era mesmo alaranjada?), se apressou para ficar ao seu lado, como se soubesse exatamente o que ela queria. Miranda disse algo em seu ouvido e o rapaz se retirou.

Ela se aproximou de mim e girou ao redor a passos lentos, dardejando cada centímetro do meu corpo nu com o olhar. Analisou-me dos pés à cabeça até encontrar meus olhos.

― Garota, você não parece nada bem ― comentou, me encarando com preocupação.

Eu sabia que ela não estava preocupada comigo de fato, mas sim com o que meu rosto causaria à sua criação. Eu não estava bem, mas não imaginei que estaria tão evidente.

Miranda estalou os dedos e em um segundo toda a sua equipe estava trabalhando em mim, fazendo maquiagem, me vestindo e me passando instruções do que deveria fazer quando estivesse no palco. Assim que fiquei pronta, ainda de costas para o espelho, me senti como um objeto em exposição, por conta de todos aqueles olhares injetados sobre mim. Miranda parecia satisfeita com o trabalho da equipe, que me observava em busca de falhas na produção, mas ela também estava inquieta.

O jovem rapaz ― que concluí que era realmente laranja ― tinha voltado completamente afobado, mal conseguia respirar, como um potinho minúsculo em mãos, que entregou para Miranda, seguindo para junto do resto da equipe depois de receber um olhar fulminante da mulher.

Miranda segurou minha mão esquerda, suas unhas assustadoras roçando em meu antebraço, e abriu o potinho, passando um creme translúcido nela, que secou logo em seguida. Eu fiquei intrigada com aquilo, mas decidi não perguntar. Ela deveria saber exatamente o que estava fazendo.

― Vai querer mandar um beijo para o público quando a entrevista acabar ― aconselhou, se retirando em seguida, sendo prontamente acompanhada por sua trupe.

Enfim eu estava sozinha e ao me olhar no espelho consegui me enxergar novamente. A verdadeira Cafira havia emergido de dentro de mim. A equipe havia conseguido trazer minha essência de volta à tona. Era assim que eu deveria estar sempre. Não deveria ser diferente em momento algum. Nunca. Jamais.

O vestido prateado e brilhante parecia ser revestido de pequenas gotículas azuladas do mar. Era justo até os joelhos onde se abria numa calda que serpenteava no chão. Meu rosto estava radiante, e pouco parecia que estava maquiada. Meu cabelo estava preso num coque bagunçado. Era tudo muito mais simples do que eu esperava, mas mesmo assim me sentia renovada e pronta para encarar o país, meu distrito e meus pais.

No camarim que prescindia a entrada no palco, eu estava inquieta. Estava ansiosa. Nunca havia estado em um lugar que me rendesse tanta atenção. Isso era novo e muito, muito empolgante. Eu mal conseguia controlar o sorriso que se abria em meu rosto, que se alargou ainda mais quando meu nome foi chamado por Orius.

Ele segurou minha mão delicadamente e me guiou até o assento, onde me encarou por alguns breves momentos antes de fazer a primeira pergunta.

― Sedutora Cafira, o que você acha que seu distrito espera de você?

Eu quase não conseguia parar de observar as pessoas que me encaravam na platéia, acenando para mim, tentando chamar minha atenção. Então notei que Orius aguardava minha resposta.

― Ah, me desculpe! ― disse, sentindo meu rosto esquentar. ― É que as pessoas lindas e adoráveis da platéia estavam me distraindo. ― Seguiu-se uma gritaria com aplausos ao fundo. As pessoas assoviavam, lisonjeadas pelo meu comentário. ― Primeiramente é um grande prazer estar aqui com você, Orius. ― Orius apertou de leve minha mão, sorrindo amigavelmente. ― Acho que eles esperam que eu acabe estragando tudo ― comentei, sorrindo. ― Estou disposta a provar que eles estão errados.

Orius prosseguiu:

― Sabemos que não é só um sorriso bonito. Tem outro motivo especial para você ter se voluntariado?

Não esperava que a pergunta delicada viesse agora. Tentei manter a compostura e o clima ameno.

― Além de ver a cara da vaca, que era a carreirista escolhida, perder o lugar para mim? ― Todos riram. ― Bem, sim. Existe um bom motivo para o meu voluntariado. Na verdade eu me voluntariei para orgulhar meus pais. Ter um vitorioso na família sempre foi o sonho deles, então como sou filha única... ― Achei que não precisava concluir a frase para que entendessem minha situação.

Orius assentiu, com seu melhor, e provavelmente ensaiado, olhar condescendente.

― O que podemos esperar de você na arena?

― A situação não pede outra coisa se não empenho total. Vocês podem esperar o máximo de mim lá dentro. Farei o que puder para dar o melhor show que já tiveram nos Jogos Vorazes.

A audiência foi à loucura quando me levantei, pronta para encerrar a entrevista. Orius beijou o dorso de minha mão direita erguendo-a para o alto em seguida. Encarei o público e com a mão livre soprei um beijo para todos. No exato instante em que o ar soprado varreu minha pele, algumas dezenas de corações azulados começaram a surgir no ar dirigindo-se às pessoas da platéia, que após o choque inicial começaram a tentar agarrá-los. Os coraçãozinhos azuis, por sua vez, desfaziam-se nas mãos delas, liberando um agradável aroma familiar. Orius soltou minha mão e agarrou um dos corações que se espalhavam por todo o lado, e quando o mesmo se desfez em sua mão reconheci o cheiro da praia, o aroma que tomava minha pele quando estava em alto mar. Senti-me em casa novamente.

Todos me olhavam maravilhados. Eu estava maravilhada. As presilhas que mantinham meu cabelo preso se desfizeram, fazendo-o ondular solto. Então senti o tecido do vestido ajustando-se mais ao meu corpo, moldando-o, como uma segunda pele. As aparentes gotículas de água do mar modificaram magicamente seu formato para algo fino e achatado. O vestido agora estava coberto por escamas. A calda do vestido se alargou ainda mais, ficou mais encorpada. Sua cor foi se modificando gradativamente: mantendo o prateado na parte superior, fazendo uma linda, lenta e sutil transição do azul (no comprimento) ao verde furta-cor que predominava a calda do vestido.

Eu parecia uma sereia.

A primeira coisa que me veio à mente era que Arthur deveria estar em êxtase de me ver assim, já que sempre me chamou de sereia. E eu, que sempre odiei o apelido brega, estava completamente extasiada por ter sido transformada em uma.

O cheiro do mar, os olhares admirados sobre mim, a doce e cruel lembrança de casa... Tudo isso me invadiu de uma só vez, numa torrente de emoções quase incontrolável. Minha visão foi anuviada, e só entendi o porquê quando uma lágrima emocionada molhou meu rosto.

― Tentarei não decepcionar vocês ― disse em voz alta, para que meus pais soubessem que me esforçaria para dar-lhes o que tanto desejavam.

As pessoas estavam eufóricas, algumas até emocionadas por minhas palavras. Provavelmente tomaram-nas para si. Eu senti que havia me redimido com meus pais pela nota baixa. Orius mais uma vez segurou minha mão erguendo-a para o alto.

― Essa é Cafira Seamus, A Sereia do Distrito 4. ― Orius entoou meu nome com tamanha devoção que quase me fez chorar novamente.

Pisquei para Orius, e com um grande sorriso no rosto me despedi dos cidadãos de Panem com um aceno, sentindo uma falsa sensação de ser amada por eles.

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Dorian Gucci

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MensagemAssunto: Re: A Entrevista   A Entrevista EmptyQui Fev 06, 2014 5:41 pm


Dorian Gucci
Mais um dia que continuo sobrevivendo nesse circo dos horrores que chamam de jogos vorazes, me pego diversas vezes sentindo falta de casa, dos meus amigos, das garotas, do meu irmão.

Levanto-me rápido da cama, vou direto para o chão e faço alguns exercícios para despertar meu corpo, em seguida vou para debaixo do chuveiro e esqueço-me do mundo ao meu redor, sentindo a água quente percorrer meu corpo enquanto me perco nos pensamentos. Para meu infortúnio uma agitação vinda do meu quarto começa a me perturbar e me distrair de meus doces pensamentos.

- Dorian Gucci? Esta vivo? Vamos nos atrasar? – diz meu estilista, já dentro do meu quarto me esperando com alguma roupa para as entrevistas.

Desligo meu chuveiro, pego minha toalha e saiu do banheiro. Vou ao meu quarto, ainda estou completamente molhado deixando um rastro de água pelo caminho, paro de frente para meu estilista, um homem alto e incrivelmente bem vestido cercado de diversas roupas.

- Quer ajudar a me secar? – com um sorriso safado no rosto, pergunto ao meu estilista, jogando a toalha pra ele. Meu estilista coloca a toalha de lado e vem em minha direção.

- Definitivamente não são apenas as minhas roupas que eu quero enfiar em você, Dorian Gucci. – Ele diz ao colocar sua mão sobre o meu corpo.

Algum bom tempo depois, eu estava completamente atrasado e fui me arrumar para as grandes entrevistas. Minha roupa já estava decidia e preparada. Tinha um estilo confortável e exótico ao mesmo tempo. Calças de um tecido rustico em um tom azul, uma espécie de kimono que ia até o calcanhar feito de um tecido suave em uma estampa moderna também em tons azul e branco, era leve e deixava parte do meu peitoral à mostra formando uma gola em “V”, tudo era firmada por um cinto feito de tecidos em tom terroso contrastando com os tons azuis das peças, um chinelo feito de lona me deixando confortável.

A Entrevista 160617_4_600

Fiquei nervoso quando escuto Orius chamando meu nome para eu subir ao palco, o comprimento com um aperto de mão forte e um sorriso encantador. Sorrio e aceno para a plateia. Orius me bombardeia com suas perguntas.

- Todos pudemos ver seu ato de amor quando se voluntariou. Qual foi a sensação naquele momento?

- Ódio! – exclamei – Não era como se eu estivesse muito feliz, ou como se eu tivesse muita escolha. Eu fui adotado pela família Gucci quando eu tinha 6 anos, e meus pais adotivos já tinham o meu irmão, Brandon, que era um ano mais velho. E o meu papel na família era que se algum dia meu irmão precisasse de cuidados médicos, alguma ajuda, ou acabasse sendo sorteado para os jogos, eu deveria me sacrificar no lugar dele. Mas eu amo completamente o meu irmão, mas que minha própria vida, e nada teria sido diferente, eu teria me voluntariado de qualquer maneira, por ele!

- O que espera dessa edição dos jogos?

Espero que seja muito interessante. Mais minha felicidade seria eu em cima do corpo do garoto do distrito um com uma espada cravada no coração dele.

- Qual sua situação em relação a sua aliança?

Quero levar a metade dela para o meu quarto. – digo em meio a risadas.

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Laureen Torrance

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MensagemAssunto: Re: A Entrevista   A Entrevista EmptySex Fev 07, 2014 7:13 am


Laureen Torrance

A porta se abriu num solavanco, me fazendo pular de surpresa. Um homem naturalmente ruivo entrou no meu quarto com um enorme sorriso no rosto. Eu acabara de sair do banho. Não esperava que o estilista chegasse tão cedo.

― Sou Demétrio, e estou aqui pra te transformar na Deusa da Tecnologia ― ele cacarejou, com uma voz tão aguda e um sotaque tão irritante que quase me fez sair correndo para livrar meus tímpanos de possíveis danos.

Eu sentei à beira da cama. Esperava que meu estilista fosse mais chato para que tudo fosse mais fácil. Recebi o aconselhamento de minha mentora para obedecer completamente às ordens do estilista, mas eu tinha meu jogo e minha tática. E se para isso fosse preciso bater de frente com os conselhos dela, assim eu faria.

― Não quero ser transformada na Deusa da Tecnologia, Demétrio. Sinto muito.

Ele arregalou os olhos e logo fez um bico tão ridículo que quase me fez rir. Ele sentou-se ao meu lado e segurou minhas mãos. Assim de tão perto pude notar que toda sua pele era revestida por desenhos, não tatuagens, pois eram extremamente claros, pareciam fazer parte da anatomia dele. Não era de todo uma arte feia.

― Como espera conseguir patrocinadores se não arrasar na entrevista, querida Laureen? ― Demétrio choramingou.

― Não quero arrasar na entrevista. Quero passar despercebida. Quero ser ignorada. Assim não me preocuparei em acabar com uma lança no meio do peito logo na cornucópia.

Demétrio assentiu, derrotado por meu argumento.

― Minha companheira deixou Mac tão lindo... ― ele lamentou. ― Sério que não vou abusar do meu processo criativo com você?

Respondi com um meneio negativo de cabeça. Demétrio suspirou exageradamente e de forma teatral.

― Já sei o que fazer com você, menina.

Após algum tempo de preparo estava pronta. No espelho o vestido cinza e longo, com alças brilhantes era exatamente o que eu precisava. Eu estava apagada na competição e pretendia continuar assim. De qualquer modo nunca havia vestido algo tão lindo e luxuoso quanto aquele vestido. Sabia que Mac iria adorar.

Mac...

Eu me policiava todo o tempo, evitando pensar em nosso destino, ou no infortúnio que caiu sobre nós. Mas era impossível esquecer que um de nós morreria, e que ele pretendia se sacrificar por mim. Se eu pensasse demais acabaria fazendo uma loucura. Eu não poderia em hipótese alguma perder a razão.

No camarim fiquei todo o tempo ao lado de Mac, e como Demétrio havia me dito ele realmente estava lindo. Mac parecia preocupado, sabia que estava em busca de patrocínios. Eu não tinha atributos suficientes para consegui-los então desencanei deles na primeira oportunidade.

Meu nome foi chamado. Subi ao palco com uma frieza calculada. Sorri docemente quando Orius segurou minha mão e me guiou até a cadeira onde seria entrevistada.

― Minha doce Laureen, o que está achando do tratamento de todos aqui do capitólio?

Eu doce? Hmmm... Acho que não hein.

― Estão sendo todos muito atenciosos comigo, Orius. Nunca fui tão paparicada em minha vida.

― Caso seja a vencedora, o que fará quando voltar para casa?

Sofrer, chorar por perder o homem que amo, e... sofrer mais um pouco.

― Tentar recomeçar minha vida. Afinal estava indo tudo muito bem antes de ser sorteada. Provavelmente não terei mais isso se voltar para o meu distrito.

― Notamos que você e seu parceiro de distrito é bem íntima, o que vocês significam um para o outro?

O quê...?

― São bem íntimos ― eu soltei, corrigindo-o sem pensar. ― Esse é o termo correto ― acrescentei rapidamente, sentindo meu rosto queimar de vergonha.

A platéia riu, e Orius pareceu sem jeito. Pigarreei antes de continuar:

― Somos amigos desde sempre. Nos tornamos namorados há pouco tempo. E no momento Mac significa a definição de estupidez para mim. ― Uma grande exclamação surpresa ecoou no estúdio. Orius me encarou sem entender. Resolvi prosseguir. ― Mac significa tudo para mim, Orius. Ele é tudo o que eu tenho. Não precisava se voluntariar para me salvar. Eu voltaria para ele de qualquer forma, sem dúvidas. Ele foi estúpido por tomar o lugar de outro. Por que só existe uma coisa que eu amo mais que ele, e é a minha vida. Estou entre a cruz e a espada.

O silêncio decaiu no espaço. Orius me encarava com a expressão pétrea, imutável.

― Mac não tinha o direito de tirar de mim a única coisa pela qual valia a pena lutar.

Todos me encaravam sem reação. Até Orius não parecia saber bem o que dizer. Eu tomei a dianteira me levantando, Orius me acompanhou. Exclamou sua conhecida saudação final e eu me retirei em seguida, lutando para não desabar em lágrimas.

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Indigo Possmoser

Indigo Possmoser


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MensagemAssunto: Re: A Entrevista   A Entrevista EmptySáb Fev 08, 2014 4:06 pm


Indigo Possmoser

Chegou o dia da entrevista. Estou animado. Acordei e me levantei antes que qualquer um viesse me perturbar. Na verdade, eu nem dormi. Vou para o banheiro e me enfio dentro da banheira. Eu poderia ficar o dia inteiro aqui, mas preciso ir à entrevista. Deixo a banheira, me enxugo e saio do banheiro. Minha estilista gorda e estranha está a minha espera, sentada na cama. Se ela não fosse tão feia e gorda...

- Vamos acabar logo com isso. - diz ela, se levantando da cadeira e saindo do quarto, me deixando sozinho com a minha equipe de preparação. Me pergunto se ela não gosta da coisa, vive evitando me ver nu.

As estranhas criaturas começam a trabalhar em mim e logo estou pronto. Penteado maneiro e a roupa sexy. Já estou me sentindo um vitorioso rico e importante. Estou usando um terno sport fino azul escuro com sapatos pretos, que estão tão bem engraxados que brilham. A camisa por debaixo do terno era azul um pouco mais claro que o terno, mas não muito, e o terno tinha mangas longas, que iam até meus punhos. Era a roupa perfeita para um tributo perfeito.

Todos os tributos estavam esperando para entrar (com suas roupas ridículas). A garota do 10 estava parecendo um macho. Já o garoto... Uma vaca. Outros estão tão apagados que nem noto a presença deles ali. Orius vai chamando um por um. Minha estilista vem até mim e me entrega um pequeno dispositivo. Ela me diz para que eu aperte quando estiver pronto para sair do palco. Concordo e volto a assistir à entrevista.

Orius chama Colira e logo depois chama meu nome. Adentro ao palco ainda meio zonzo com a performance dela. Espero que eles não notem meu volume a mais. Ou notem...

- Nosso garotão! Venha cá, chegue mais perto... - diz Orius, apertando minha mão e me conduzindo para minha cadeira. - O que está achando dessa edição dos jogos?

- Sinceramente, Orius? A competição é ridícula, tirando um ou outro... mas sinto que este ano a vitória já é de Indigo Possmoser. - digo, encarando as senhoras da primeira fila e piscando. Juro que uma delas desmaiou. A plateia vai ao delírio.

- Soubemos de muitas polêmicas a seu respeito. - Orius se aproxima, como se quisesse me contar um segredo - Acha que isso pode influenciar de alguma forma seus patrocínios?

- Polêmicas? De que tipo? - olho para a plateia, jogando todo o meu charme, com o sorriso mais safado que posso. - Prometo a todos os meus patrocinadores que caso eu consiga a vitória, recompensarei todos com o que eu tenho de melhor. - Desta vez, toda uma fila desmaia.

- Tem algum motivo especial para você ter se voluntariado? - Orius me pergunta.

- Atenção. Dinheiro. Glória. - me levanto, aperto o botão e toda a minha roupa parece criar vida e saltar. Fico completamente nu. - E tudo que minha querida Panem pode me proporcionar.

Todos aplaudem de pé.

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He's a wolf in disguise,
but I can't stop staring in those evil eyes...
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Fabian Castello

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MensagemAssunto: Re: A Entrevista   A Entrevista EmptySáb Fev 08, 2014 11:27 pm




Fabian Castello






Acordei no susto com a Stela, a estilista, bem perto de mim.

- Assim você me ofende Fabian. - Diz ela num tom triste.
- Mesmo morando no Distrito 14 não estou acostumado com tanta maquiagem assim.
- Hoje nem se quer passei a metade do costume, mas vamos ao que interessa. - Diz ela voltando ao normal.

Apos tomar um banho bem rápido, Stela e seus ajudantes, logo começam a preparar-me para a entrevista como Orius.

Stela volta no quarto com as roupas que irei usar hoje. E para me agradar vejo pouca quantidade de rosa nele. Visto-o com facilidade, pois parecia não ter nenhum truque, mas só parecia. Era uma camisa social rosa escura com listras cinzas espaçadas entre elas e uma calça jeans preta larga com  suspensórios e tênis preto com alguns detalhes rosa escuro e uma gravata borboleta preta. Stela deixou com que eu deixasse os suspensórios pendurados.
Stela me explicou tudinho o sistema da roupa enquanto eu ia de encontro com os outros tributos.

Sou o último e espero muito até chegar minha vez. Os gritos começaram a virar canção de ninar para mim, Mas finalmente Orius chama meu nome.


- E por fim, mas não menos importante. Fabian Castello!

Entro no palco acenando para a platéia com o sorriso na cara, mas sentia medo das perguntas que estavam por vim. E logo ao sentar ele começou.

-Mais um grande voluntário! Meu garoto, você se voluntariou pelo seu irmão, certo? Quando realmente caiu a ficha de que você estaria em pouco tempo em uma arena com vários carreiristas?

- Sim, Daniel. - Digo a Orius lembrando dele. - Quando eu tive a oportunidade de falar com ele depois que voluntariei-me, mas não acho que só os carreiristas são o problema nos jogos, pois na arena tem varias coisas que superam eles muito fácil.

Após ele olhar para platéia com uma expressão que foi surpreendido ele continuou.


- Então o que podemos esperar de você nessa edição?

- Emboscada, mas obviamente se as coisas favorecerem a mim. Sou criança, mas não idiota.

-Acredita realmente que pode vencer a todos obstáculos e ser vencedor?

- Sim acredito. Na verdade todos nós acreditamos e queremos também, mas nem sempre conseguimos o que a gente quer. - Digo num tom triste.

E esse foi Fabian Castello, Distrito 14!

Ao falar meu nome levo a mão até a gravata e tiro-a jogando no chão e foi ai que a magia começou. Minha roupa pegou fogo num instante, mas apagou num piscar de olhos transformando minha roupa em uma camiseta preta apertada, mas mantendo a facilidade de movimento e com o símbolo do distrito 14 e a calça jeans numa bermuda calça. Os suspensórios sumiram juntamente com o fogo. E ao deixar com essas roupas, mostro-me que estou pronto para um confronto com os outros tributos.

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Romeo Citrine

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MensagemAssunto: Re: A Entrevista   A Entrevista EmptyDom Fev 09, 2014 2:42 pm


Zéfiro Hardlux

Acordo na total escuridão, todas as janelas fechadas, cortinas e nenhum tipo de eletrônico iluminava meu quarto no prédio do grande Capitólio. Eu odiava luminosidade, isso atrapalhava o sono perfeito. Ouço alguém bater insistentemente na minha porta e assim que a abro percebo que não é nada menos que minha Estilista e sua equipe de preparação.

— Está pronto gatão? - pergunta Korrina.

— Estou, faça o necessário. - digo com uma voz morta, tinha dormido mais que o necessário e isso atrapalhava muito o desenrolar do meu dia.

A equipe de preparação era composta apenas por mulheres, inclusive a minha estilista. Elas começam a esfregar o meu corpo dentro da banheira, massagear meus cabelos com um shampoo bem cheiroso por sinal, cortar as minhas unhas e tirar qualquer resquício de pêlo que ainda havia no meu corpo. Eu precisava estar magnífico para a população de Panem, sei que há muitas apostas em mim e eu não posso decepcioná-los.

Depois de terminarem toda a estética no meu corpo, está na hora de conhecer a vestimenta que vou usar. Um peitoral platinado, como uma armadura, com uma gravata metálica num tom avermelhado. A calça é feita de cota de malha, ficando um pouco transparente. Fico envergonhado porque sei que não poderei usar roupas de baixo e sendo semi-transparente ficarei muito constrangido.

— Relaxa Zéfiro, de longe é bem imperceptível... ou não né. - diz Korrina rindo e olhando para as minhas partes. - Mas sério, relaxa que eles vão adorar.

Eu decido não responder nada, estou vermelho o suficiente, quase no mesmo tom de minha gravata. ela termina de me vestir, me dando coturnos feitos do mesmo material que o peitoral para calçar. É bem pesado, nunca imaginei que fosse tanto assim. Por fim uma cartola também platinada e com a faixa avermelhada, um monóculo prateado e estou pronto para a minha entrevista.

Sigo em direção aos bastidores e espero ao lado de minha irmã que parece nem perceber a minha cota de malha. Estamos muito parecidos, talvez os nossos estilistas trabalharam em conjunto para criar nossos trajes. As entrevistas começam e vejo Zyra putíssima com o que a garota do um disse, quando não devemos nem nos preocupar. Essas quase nunca sobrevivem então devíamos apenas relevar, Panem sabe da nossa capacidade e com toda certeza absoluta acreditam que tudo que saiu da boca dessa garota é mentira. Eles querem ver o Distrito Dois lá no fim, querem que um vencedor saia dos filhos de Enobaria, estão torcendo pra isso até nos Distritos mais distantes.

Quando Zyra está saindo do palco ela me manda uma piscadela, mas depois fecha a cara mostrando estar puta da vida com as perguntas que lhe fizeram. Ouço chamarem o meu nome e subo no palco, todos aplaudem e gritam de emoção. Minha mão segue na direção de Orius e aperta a dele com firmeza, meu olhar permanece sério e meu sorriso não mostra os dentes. Ele me direciona até a poltrona onde eu me sento e assim ele começa a fazer seus questionamentos.

A primeira pergunta é simples e fácil de responder, nunca tive dúvidas do motivo que fez-me voluntariar.

— Bom Orius, é simples. Como filho de uma bicampeã dos jogos eu tive diversas influências nessa escolha. Desde pequeno meu sonho é ir para a Arena e agora que completei dezoito aqui estou. Um sonho desde pequeno, foi esse o real motivo de eu me voluntariar.

Sorrio pra plateia assim como Orius, ele me recebe com uma gargalhada já esperando tal resposta e continua com as perguntas. Acho que ele está facilitando demais com elas e talvez mesmo até a segunda não tenha sido tão forte.

— Sendo bem sincero com você agora Orius. Essa edição tá recheada de carreiristas você não acha?

O público dá risada e Orius também, ele se pergunta o porquê de ter tantos carreiristas até que eu esclareço tudo que disse.

— Essa edição existem tributos de doze anos que se acham no poder de desafiar outros tributos. Tributos que não têm quase dez anos de experiência carreirista com machados e outras armas se sentem os poderosos no Treinamento. Cara... não é assim que funciona. Mas uma coisa eu vou te dizer Orius, todos estão sedentos de sangue, por mais estranho que isso pareça, inclusive os do Distrito Quatorze, do Distrito Onze... eu acho bem estranho sabe. Acredito que essa edição vai proporcionar muita diversão para os telespectadores mais vorazes.

Orius e todo o público dão risadas, pareciam concordar com a minha resposta em todos os sentidos. Espero a terceira com toda a força que tenho em meu corpo, ela parece ser a mais desafiadora até então mas eu não sinto nenhuma dificuldade em respondê-la. Sei todas as respostas na ponta de minha língua.

— Só com dezessete anos? Orius, a idade máxima para participar dos jogos é com dezoito anos, Zyra não estava tão longe disso. Eu achei lindo ela se voluntariar, quero ela na Arena tanto quanto quero eu. Só sinto muito ser no mesmo ano. - olho para baixo e com uma cara chateada para o público que parece se comover com minha atuação. - Mas Orius, pode ter certeza que isso só nos fortalece, estaremos cada vez mais fortes na Arena se ficarmos juntos.

Me levanto e reverencio para o público enquanto vão à loucura com minha entrevista. Parece que eles haviam mesmo amado e nem perceberam o que havia por debaixo na minha cota de malha. Talvez fosse aparecer nos jornais ou mesmo na internet daqui há alguns minutos. Mas isso pouco importa no momento. Abraço Zyra e assistimos juntos até o fim da entrevista. Amanhã seria a Arena e estaremos juntos o tempo todo.






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Plumete Scibetta

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MensagemAssunto: Re: A Entrevista   A Entrevista EmptyDom Fev 09, 2014 4:58 pm



Plumete Scibetta

Mais um dia que acordo fabulosa. Ahh! Mas será meu último dia de descanso! Que triste, amanhã terei que sujar minhas mãos naquela Arena... ugh. Aposto que estará cheia de lama! Ou algo do género... mas ao menos terei o dia de hoje para brilhar com todo meu glamour em frente das câmaras! É o fantástico dia das entrevistas, a única coisa decente dentro dessa palhaçada toda. 
 
 Me levanto rapidamente da cama para sair do quarto e me deparar com meus estilistas fabulosos como sempre. Eles me cumprimentam com gritinhos e não hesitam e me pedem logo para me sentar em uma cadeira, e logo começam tratando das minhas unhas, pele, e por fim do cabelo. Começam colocando montes de produtos estranhos que não faço ideia para que servem, mas passado uns tempos dou por mim já loira. Que diabos aconteceu? 


 - Vamos mostrar para eles que o Distrito Quatorze não é só caras bonitas, sim? - Diz meu estilista, com um sorriso. Sem me dizer mais nada, pega em uma tesoura e corta meu cabelo bem curtinho. 


Mas o quê!! O meu magnífico e fabuloso cabelo!! Demorará anos para crescer de novo... agora até aquele GAROTO do Dez tinha mais cabelo que eu!! Não poderia permitir isso... Ai! 


 Minha estilista aparece com uma peruca idêntica ao meu antigo penteado e me coloca, indicando para só a retirar quando fosse o momento certo. 


 Depois chega minha outra estilista, trazendo um enorme vestido comprido em com um exagero de folhos em diferentes tons de rosa. Era lindo! Não podia acreditar. Mas apenas era comprido de um dos lados... do outro, relevava TODA minha perna, que mais tarde fora coberta por uma meia de renda. Coberta não seria a palavra mais apropriada...


 Aiiii! Estava tão ansiosa pela minha entrevista. MAS EU TERIA QUE ESPERAR SÉCULOS PELA MINHA VEZ! Ao menos poderia passar o tempo observando os fatos de meus adversários... que poderiam ser mais fortes que eu, mas na fabulosidade ninguém me vence! Alguns fatos eram bastante... interessantes, ao menos me permitiam ver coisas interessantes. Outros eram bonitinhos, outros... muito... sem sal. Estilistas incompetentes... 


Finalmente chegou minha vez! Subi no palco fabulosamente assim que ouvi meu nome, sacudindo minha anca fazendo o vestido abanar. Orius me cumprimentou e me sentei em meu lugar, cruzando a perna nua por cima da outra. 


 Ele começa a entrevista perguntando o que eu cantava em meu Distrito. 


 - Ah, Orius... eu fui treinada para isso! Sei cantar qualquer coisa. Não é por nada que sou das melhores! É só o público pedir que eu canto. Mas devo admitir que as canções de amor são as minhas favoritas... 


 Orius aproveita a ocasião para perguntar por alguém em meu Distrito. 


 - Não, não! Quer dizer, não no sentido que vocês devem estar pensando. - solto um risinho. - Tenho apenas meus pais e o idiota bêbado do meu irmão. E meus queridos e amados fãs, é claro! - continuo, sorrindo para a câmara. - Não vivo sem eles! E espero que vocês, amado público, me amem tanto como eles. E que ajudem dentro da Arena, claro! - solto uma risada, o público ri também. 


 Quando terminam de rir, Orius me pergunta o que podem esperar de mim nessa edição. Não hesito em minha resposta. 


- Sangue! - berro, me levantando. - E não será do meio de minhas pernas, vos garanto. - o público cai nas risadas e eu também. Nem acredito que deixei escapar isso! - N-nem de nenhuma parte do meu corpo, aliás! Virá do primeiro idiota que se meter em meu caminho. Por favor né, tenho uma legião de fãs para quem voltar! Tenho uma vida, ao contrário da maioria desses idiotas. E não a terminarei tão cedo! - nesse momento arranco minha peruca e a atiro para o público, revelando meu novo penteado. - É isso mesmo, amores! O Distrito 14 irá trazer uma vitoriosa para casa esse ano! - berro, já me sentia louca com toda a animação. O público ainda era melhor que o do Quatorze! Amava toda essa atenção. 


 - Obrigada! - Digo para todos, antes de abandonar o palco.


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Ellie Ballantyn

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MensagemAssunto: Re: A Entrevista   A Entrevista EmptyDom Fev 09, 2014 8:12 pm


Ellie Ballantyn

Hoje é o dia mais fútil de toda essa baboseira. Pelo amor! Pra quê nos entrevistar antes da matança? Isso é doentio! Não quero levantar da minha cama, mas preciso...

As horas que se passam são as piores de todas. Eles tentam pentear meus cabelos e desmanchar meus dreads, mas ELES NÃO VÃO! Além de tentarem me colocar dentro de um vestido. PUTA MERDA! Vestido não! Faço barraco até que desistem. Me acalmo até meu estilista entrar com a roupa mais foda que já vi. Me visto e me olho no espelho. Eu tô foda! Calças jeans bem apertadas, botas marrom, camisa xadrez vermelha e azul com as mangas compridas, uma fivela com o simbolo do Distrito 10 e um chapéu de cowboy bege. Aleluia alguma coisa que seja do meu gosto.

Demora séculos até me chamarem para o palco. Quando o viadinho do Orius me chama, vou andando até ele e o cumprimento, com um aperto de mão forte. Ele faz uma piadinha tosca, mas eu nem presto atenção.

- Minha pequena menininha... Tão nova... - já começo a me irritar. Detesto que me tratem igual a uma garotinha - Qual foi a primeira coisa que se passou por sua cabeça quando disseram seu nome na colheita?

Ah, ele não quer MESMO saber isso...

- Quer mesmo saber, Orius?

- Sim, por favor.

- A primeira coisa que me veio a cabeça foi... - me levanto da cadeira e encaro o público - "Puta. Que. Pariu".

-Nossa! - neste momento o público tá se acabando nas risadas -Bom, e o que pensa em relação aos carreiristas?

- Quem? - pergunto, com um tom elevadíssimo de ironia - Na verdade, Orius, eles são minhas menores preocupações. Porque pelo que me parece eles têm problemas o suficiente entre eles para que nos preocupemos. Talvez conseguimos matá-los todos ao mesmo tempo enquanto eles perdem tempo discutindo... Ou chorando porque algum deles quebrou a unha.

Todos na plateia estão caindo na risada. Orius espera todos fazerem silêncio para continuar.

- E qual a relação entre você e seu parceiro de distrito?

- Com o Archer? Pra mim ele sempre foi um idiota, assim como qualquer outro ser vivo que existe. Ele não é grande coisa, mas é de onde eu vim. Temos uma aliança e... espero que um de nós volte para casa. Não importa quem seja.

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