A Colheita: Distrito 08

Admin Mensagens : 212 Data de inscrição : 14/11/2013

A COLHEITA

Uma representante da capital, de roupas roxeadas, cor que representava o Distrito 8, aparecera entre a multidão da praça central do distrito, sorrindo histéricamente. Ela subiu no palco, aonde dava para ver os homens e as mulheres separados por idade e sexo.

Havia dois globos ao lado dela, uma estava com o nome das mulheres de todo o Distrito 8, e o outro continha o nome dos homens. Ela sorriu, e no telão no centro da praça começou a passar um filme sobre os dias negros de Panem. Depois do filme, ela pegou o microfone, e falou.

▬ Chegou a hora, de selecionar um corajoso garoto e garota para ter a honra de representar o distrito oito, na septuagésima sétima edição dos Jogos Vorazes.

Atenção, TRIBUTOS

Você deve postar nesse tópico, narrando quando chegou, assistiu o filme e viu tudo acontecer. Mas atenção você irá narrar apenas a sua entrada, o tributo será selecionado por mim, então não deve mencionar que se voluntariou ou foi selecionado, narre apenas que você está presente no local. O que sente.

Poste o quanto antes.

Assunto: Re: A Colheita: Distrito 08 Ter Jan 07, 2014 1:49 pm

Annie Chase

Acordo com os gritos de minha mãe, e penso, o que diabos ela quer essa hora? Meus olhos estavam cansados, até demais. Claro, passei a noite estudando os meus cálculos para a minha classe, o que é óbvio, eu sou a professora. Mas hoje não haverá aula, hoje é o dia da colheita. O único dia que eu odeio, afinal não posso estudar. Que diabos!

- Eu amo estudar! Maldita colheita!

Vou até o banheiro, tomo um banho meio demorado. Após eu ter me secado, está na hora de eu por um vestido... Como todas as outras meninas, o que eu odeio. Eu sou tão diferente dessas meninas. Só pensam em namorar e abrir as pernas! Eu trocaria o meu tempo de estudar, para abrir as minhas pernas para algum garoto. Se bem que isso seria bom, hahaha. Cala boca, Annie! Essa não é você. Que pensamentos são esses, penso.

A cor do meu vestido será preta.
-HAHAHAHA.

- Claro! para mim, esse dia... é o dia de algum enterro. O dia em que não poderei estudar! Arrrrgh!

- Annie para de berrar! e venha tomar seu café logo, filha. - Sua louca.

- Mãe! Eu que sou louca? Você me acordou ás oito horas da manhã. Minha mãe, obviamente não deve cuidar muito para o relógio, afinal, a colheita só é daqui a algumas horas. E eu teria tempo suficiente para mais tarde.

Desço as escada. Minha mãe estava sentada, sempre com aquele humor, eu suspeito que ela é meia drogada. Só não sei, como ela consegue tais drogas. Sento em uma cadeira, perto de minha mãe. Minha tia estava sentanda na ponta. Ela sempre vem aqui, não sei o porque, afinal ela é uma empregada doméstica, apesar de ser muito linda, e também ser muito honesta. O café de minha mãe é sempre algo saboroso, pães e frutas. Eu amo muito isso.

Saio da mesa, pronta para ir em direção a praça. O mesmo lugar de sempre, bem que poderia ter umas reformas... A estrutura está muito velha e bem que podia ser, como aqueles templos gregos. Antes de ir, minha mãe me abraça, logo em seguida, minha tia também. Então nós saimos, não entendo o porque delas terem que ir junto comigo... Pensando bem, elas são as minhas unicas companhias, unicas pessoas que eu tenho em minha vida.

Chego lá, faço o mesmo de todos os outros anos. Me alinho a outras garotas, esperando a representante da capital chegar. Bláblá. Antes dela chegar, obviamente o prefeito faz um discursp chatinho, e assim teremos que ver um vídeo. Para sempre termos amor a Panem... Panem é tudo, blabla. Os que desrepeitaram caíram, e assim começou os jogos vorazes. Uma demonstração de quem tem poder, fazendo esses jogos, de vida ou morte. O vídeo acaba... está na hora.

Assunto: Re: A Colheita: Distrito 08 Sex Jan 10, 2014 5:45 pm

Dorian Gucci

Abro os olhos e não vejo a luz do dia, meu primeiro pensamento é “onde está o sol?”, isso acontece a uma semana. Ansiedade? Medo? Frustração? Hoje é o grande dia, e estou aqui acordando antes dos primeiros raios de sol. Me levanto. Meu corpo está quente, sinto uma gota de suor escorrer pelo meu corpo, passando pelo pescoço e morrendo ao fim do abdome. Sim, hoje é o dia, de mais um ano, de mais uma colheita, torcendo para que a ceifadora bem vestida não sorteie meu nome – olho em direção da cama e vejo meu irmão mais velho ainda dormindo – e nem o nome do meu irmão, que por sorte é o último ano dele. Antes de tudo – um leve sorriso no rosto – preciso de um banho, odeio quando meu irmão fica impregnado em mim.

Ao alvorecer já estou arrumado e pronto para talvez brincar de um jogo que não gostaria de participar, um jogo que vale a minha vida e meu destino.

Caminhando em direção à praça, me encontro rodeado de mortos-vivos, sem esperanças, uma única direção a seguir, nenhum som, apenas o vento abraçando as árvores pelo caminho. Logo atrás vem meu irmão mais velho Brandon, junto dos meus pais adotivos, aqueles cuja única frase que proferiram hoje foi “sabe o que fazer, caso precise fazer, Dorian”. Prefiro nem remoer isso por agora. Simplesmente, irrelevante.

“Bem Vindos...” é o que eu escuto. A ceifadora bem vestida começou seu discurso estupendo, este é o momento onde quero me desligar e ignorar tudo a minha volta, não aguento mais presenciar esses discursos ou assistir aquele filme, pressinto apenas asco disso tudo.

O carnaval encerrou, esse é o momento onde os corações param, onde a respiração fica pesada e sua existência fica lançada a um papel dentro de um globo brilhando de vidro.

Respiro fundo e sussurro baixo para apenas eu escutar – “Força, Dorian”.

Admin Mensagens : 212 Data de inscrição : 14/11/2013

A ESCOLHA

—Garotas primeiro.

A mulher então vai até o globo onde os nomes de todas as garotas de 12 à 18 anos do Distrito Oito se localizava. Retira um dos papéis e faz um pequeno suspense enquanto tudo no distrito permanece em silêncio.

— Annie Chase.

A expressão de todas as garotas se alivia, exceto de uma.
Os pacificadores dirigem a jovem até o palco para que se apresente. Para então a estranha mulher do Capitólio anunciar o garoto que irá competir nos jogos pelo Distrito Oito.
Ela se dirige para o globo e retira o papel dos garotos.

— Victor Gucci.

O jovem rapaz caminha lentamente até o palco, até uma voz surgir de imediato. Quando tudo está em silêncio novamente a mulher diz.

— Por um motivo nobre e lindo temos um voluntário no Distrito Oito! Dorian Gucci.

Os pacificadores escoltam o garoto até o palco.

— Se cumprimentem e Happy Hunger Games.

A mulher fala com entusiasmo, porém nada disso interfere no resto da população que assistia atentamente à colheita.

Vocês agora devem postar como que foi a sua reação quando seu nome foi chamado e apresentar os sentimentos durante a caminhada até o palco.

Poste o quanto antes.

Assunto: Re: A Colheita: Distrito 08 Ter Jan 14, 2014 12:33 am

Dorian Gucci

Lá estão, aquelas garras repugnantes sorteando o nome de uma garota, como se fosse algum prêmio e ela fosse alguma felizarda. “Annie Chase”, o nome que escuto. – Vejo a garota sendo levada até o palco – Não tenho muita certeza, mas acho que a conheço, ela é realmente interessante, continuaria deliciosamente interessante, se ficar viva.

Minha visão fica um pouco embaçada, sinto que o tempo a minha volta passa mais rápido do que posso acompanhar, e mal conseguindo alcança-lo vejo a ceifadora sorteando mais um nome. Minha respiração para por alguns segundos. Escuto o nome do garoto. Escuto meu coração me golpeando. Escuto o vento ateando os prédios. Escuto os músculos do meu corpo enrijecendo. “Ela disse o nome do meu irmão. Não pode ser, não agora, não no ultimo ano dele”. – Vejo meu irmão mais velho caminhando lentamente junto aos pacificadores – um turbilhão de sentimentos paira sobre minha aura, sinto os olhos fumegantes de meus pais queimando meu corpo, “devem estar se perguntando por que ainda não me manifestei, porque as palavras ainda não saíram da minha boca? Está não é a minha função? Não foi pra isso que me adotaram?”. Enfim, me desperto da prisão do meu subconsciente.

“Eu me voluntario por ele. Eu me voluntario pelo meu irmão!” – grito, me destacando da multidão.

O silencio se quebra dentro da colheita ao perceberem que me voluntariei, a agitação se alastra no meio de burburinhos e lamentações de garotas desoladas – olhei para as filas das meninas e pude ver algumas chorando por ver-me voluntariando pelo meu irmão. Também vi alguns garotos que estavam ao meu lado que vão ter que procurar outro garoto para usarem quando suas namoradas antipáticas estiverem indispostas. – Me pego novamente acordando de meus pensamentos enquanto sou arrastado pelos pacificadores até o palco.

Subo no palco e me vejo sendo sentenciado. Como uma guilhotina fazendo seu trabalho, imagino minha cabeça senda retilineamente cortada e em meio aos garotos posicionados na fila, ela saindo rolando alguns bons metros e parando com a face virada para cima olhando o azul netuno do céu.
“Eu vou sobreviver” – sussurro.

Assunto: Re: A Colheita: Distrito 08 Qua Jan 15, 2014 3:17 pm

Annie Chase

Não acredito que haviam me sorteado. O que será da minha leitura e estudos agora? Meus olhos se enchem de lágrimas quando ouço meu nome.

Os pacificadores seguram em meu braço e me levam para o palco, contra minha vontade. Tento resistir, mas não consigo fazer nada para impedi-los.

- Me soltem, eu não...

A angústia de ficar sem poder estudar, ou ler, ou qualquer coisa do tipo, é demais para mim. Trocar tudo isso por uma arena, onde haverão pessoas matando e morrendo, é ridículo.

Quando o garoto é escolhido, aparece um voluntário. Provavelmente seu irmão, percebi por causa do sobrenome. Ele me olha de pé a cabeça e nos cumprimentamos.

Aconteça o que acontecer, voltarei para casa. Para meus livros, alunos e vida. Custe o que custar...

Admin Mensagens : 212 Data de inscrição : 14/11/2013

A DESPEDIDA

Após se cumprimentarem os tributos são escoltados para dentro do Edifício da Justiça.

Os tributos terão o direito de receber os familiares, por cinco minutos até serem levados direto para os aerodeslizadores que os levarão para o Capitólio.

Vocês devem postar como foi a despedida com os familiares ~~(SE HOUVER FAMILIARES)~~ e então aguardar a liberação do próximo post.

Assunto: Re: A Colheita: Distrito 08 Sex Jan 17, 2014 3:01 pm

Dorian Gucci

Preso dentro de uma sala eu me sinto como um pássaro em extinção, que deve ser guardado com rigor até chegar ao destino onde será admirado até a sua morte. Estou inquieto, com medo, sinto os ossos de meu corpo doer. A porta abre abruptamente e vejo meu irmão, Victor entrando.

- Isso não pode estar acontecendo. Você não pode ir! – Victor me abraça e começa a chorar.

Fico estagnado por em tempo antes de abraça-lo de volta. “Isso nunca aconteceu”, é o meu primeiro pensamento. Meu irmão nunca demostrou tal amor por mim, nunca esboçou um grama de sentimento, eu sabia que ele me amava, era meu irmão, mas sempre achei que ele era frio igual aos nossos pais no quesito demonstração de afeto.

- Eu sinto muito, é minha obrigação – eu o respondi em meio às lágrimas, mas me sentindo estranhamente confortável e seguro nos braços quentes dele.

- Você não pode me deixar sozinho aqui, Dorian! Meu irmãozinho. As coisas não deveriam ser assim, eu não devia ter deixado nosso pai fazer de você um sacrifício. Não é justo. Não é justo te perder. – disse Victor inconsolado.

Eu coloquei minhas mãos no rosto do irmão, e o fiz olhar em meus olhos. Só víamos lágrimas escorrer pelo rosto um do outro. Forcei um leve sorriso para que ele se acalmasse.

- Hey garotão, vai ficar tudo bem, eu prometo! – Meu coração doía ao vê-lo sofrer assim, ainda mais que eu nunca o imaginava chorando daquela forma na minha frente. – Eu vou voltar pra casa, não vou te deixar sozinho com os nossos pais, eu prometo.

No momento em que eu terminei de falar, um rápido silencio pairou sobre nós dois, meu irmão me olhou fixamente nos olhos, ele havia parado de chorar, e estava com uma expressão séria em seu rosto. Ele me segurou forte pelos braços e me puxou de encontro com seu corpo, em menos de um segundo. Nossos rostos ficaram há alguns poucos centímetros de distancia, podia me ver refletido nos olhos do meu irmão. Eu vi quando ele olhou rapidamente em direção a minha boca, e quando olhou novamente para os meus olhos. – “Volta pra casa” – ele disse, antes de apertar mais meus braços e me beijar. Foi um beijo simples, mas que fez meu corpo desmoronar, eu podia sentia a força dos lábios dele contra o meu.

Após nos acalmarmos, só queria ficar conversando com Victor, ele sempre me fazia rir, ele sempre estava de bom humor. Não ousei perder meu tempo perguntando se nossos pais iram vir se despedir, porque era uma pergunta ridícula.
Os últimos minutos que eu tinha no distrito oito haviam terminados, meu irmão me deu um ultimo abraçado e me desejou sorte. Após ele sair da sala eu fui levado ao aerodeslizador.

- Que os jogos comecem – sussurrei.

» A Colheita: Distrito 10
» A Colheita: Distrito 11
» A Colheita: Distrito 12
» A Colheita: Distrito 14
» A Colheita: Distrito 01