A Colheita: Distrito 07

Admin Mensagens : 212 Data de inscrição : 14/11/2013

A COLHEITA

Uma representante da capital, de roupas amarronzadas, cor que representava o Distrito 7, aparecera entre a multidão da praça central do distrito, sorrindo histéricamente. Ela subiu no palco, aonde dava para ver os homens e as mulheres separados por idade e sexo.

Havia dois globos ao lado dela, uma estava com o nome das mulheres de todo o Distrito 7, e o outro continha o nome dos homens. Ela sorriu, e no telão no centro da praça começou a passar um filme sobre os dias negros de Panem. Depois do filme, ela pegou o microfone, e falou.

▬ Chegou a hora, de selecionar um corajoso garoto e garota para ter a honra de representar o distrito sete, na septuagésima sétima edição dos Jogos Vorazes.

Atenção, TRIBUTOS

Você deve postar nesse tópico, narrando quando chegou, assistiu o filme e viu tudo acontecer. Mas atenção você irá narrar apenas a sua entrada, o tributo será selecionado por mim, então não deve mencionar que se voluntariou ou foi selecionado, narre apenas que você está presente no local. O que sente.

Poste o quanto antes.

Assunto: Re: A Colheita: Distrito 07 Qua Jan 08, 2014 12:39 pm

EZRA HEMLOCK

Acordo bem cedo nesse dia.
Era o meu último ano de Colheita - sempre ouvi dizer que o primeiro e o último são sempre os piores. E tinham razão, afinal. Eu estava mais nervosa que nunca.
Mas claro que não o deixei mostrar.

Minha mãe e Amelie também já estavam despertas. Ela estava bem melhor agora passado estes dias. Tive um pouco de receio que ela se sentisse pior agora na altura da Colheita, mas ela está aguentando firme e bem.

- Vamos lá despachar o meu último ano! - exclamo, preparando qualquer coisa rápida para comer. Para Amelie, ainda seriam mais dois. A coitada nem um dia duraria nos Jogos, de tão boazinha que é.
Já eu, mesmo não tendo a mínima vontade de participar, mataria o primeiro idiota que se metesse à minha frente.

Volto para o meu quarto para me preparar para a Colheita. Visto uma jaqueta marrom elegante e umas calças pretas, compridas. Amarro o meu cabelo. Nada de especial, acho ridículo ter que me vestir melhor para algo como a Colheita. Enfim.

Enquanto minha irmã se termina de arrumar, fico sentada na minha cama olhando pela janela. Tenho a sorte de viver numa humilde casa de madeira no meio da floresta, e de ter uma janela enorme bem do lado da minha cama. É tão... reconfortante. O meu pai trabalhava como lenhador num terreno aqui próximo, eu queria ter seguido o mesmo caminho que ele mas a minha mãe achou que esse não seria um trabalho adequado a uma garota como eu, e que deveria ter um trabalho mais digno.
Sim, porque trabalhar numa fábrica podre cheia de trabalhadores mal cheirosos com pêlos no peito a sair da camisa, é super digno.

A minha mãe chama por mim passado uns minutos. Saio do meu quarto para ver Amelie provando, como sempre, que é o exato oposto de mim. Ela vestia um vestido lindinho, branco puro como a alminha dela. Ugh. E a minha mãe olhava para ela como se estivesse vendo a coisa mais linda da vida.

- Beeem, vamos andando? - digo, interrompendo o silêncio que se havia instalado. Nem preciso de resposta, abro eu mesma a porta e saio. E fecho a porta na cara delas.

A minha mãe e Amelie não tardam em seguir caminho, mas não paro para esperar por elas.

Quando chegamos na Praça Principal, toda esta arrumada e lindinha pela primeira vez no ano inteiro, a minha mãe fica à espera junto com os outros familiares e eu vou para a fila onde recolherão o meu sangue juntamente com Amelie. A coitada até se arrepia só com a picadinha da agulha.

- Nervosa? - Pergunto para ela com um sorriso torto, já depois de me terem retirado o sangue. Ela abana a cabeça em sinal de confirmação e segue para junto das garotas da sua idade, sem dizer uma única palavra. - Boa sorte para você também! - grito.

Me dirijo para junto das outras garotas com 18 anos. Não são muitas; a população no Distrito 7 sempre predominou em homens.
Abro caminho por entre as garotas. Algumas afastam-se automaticamente ao me ver. Sorrio para elas, ironicamente.

A mulherzinha estranha do Capitólio já estava lá toda animadinha com a Colheita. Ainda bem que este seria o último ano em que a teria que ouvir.

E ela passa lá o videozinho chato, igual a todos os anos. Por amor de Deus, isso já deixo de ser emocionante há séculos. Se é que alguma vez foi.
Eu me sentia um pouco nervosa, mas a ridicularidade do Capitólio tirava a seriedade a tudo. Que despachem logo essa estupidez.

Admin Mensagens : 212 Data de inscrição : 14/11/2013

A ESCOLHA

— Garotas primeiro.

A mulher então vai até o globo onde os nomes de todas as garotas de 12 à 18 anos do Distrito Sete se localizava. Retira um dos papéis e faz um pequeno suspense enquanto tudo no distrito permanece em silêncio.

— Ezra Hemlock.

A expressão de todas as garotas se alivia, exceto de uma.
Os pacificadores dirigem a jovem até o palco para que se apresente. Para então a estranha mulher do Capitólio anunciar o garoto que irá competir nos jogos pelo Distrito Sete.
Ela se dirige para o globo e retira o papel dos garotos.

— Tyler Buckthorn.

O garoto riu histericamente quando foi escolhido. Os pacificadores o levaram até o palco

— Se cumprimentem e Happy Hunger Games.

A mulher fala com entusiasmo, porém nada disso interfere no resto da população que assistia atentamente à colheita.

Vocês agora devem postar como que foi a sua reação quando seu nome foi chamado e apresentar os sentimentos durante a caminhada até o palco.

Poste o quanto antes.

Assunto: Re: A Colheita: Distrito 07 Seg Jan 13, 2014 6:01 pm

EZRA HEMLOCK

A mulherzinha chata segue em direção ao globo que continha o nome das garotas. Ela teimava em caminhar da forma mais lenta possível, como se a nossa ansiedade alimentasse o Capitólio inteiro. Eu só queria que aquela idiota se despachasse para eu poder finalmente ter uma vida livre dos Jogos.

Mas bastou ouvir o primeiro nome da azarada para o meu mundo desabar ali mesmo em minha frente.

Foram precisos dois pacificadores me trazerem de volta à realidade ao me puxarem em direção ao palco, mas eu bati na mão de um deles e fiz força para me soltarem. Caminhei em passos rápidos em frente deles, até subir no palco. Não queria ser vista como vulnerável, muito menos nesta situação.
Mas ao ver a mulher inclinando-se no palco, me chamando...
Não.
Eu não sabia no que pensar. Naquele momento, só sabia que a minha vida tinha os seus dias contados.
Mas que porra. E agora? Aproveitaria bem esses meus últimos dias? Faria o mínimo esforço para tentar ganhar? Valeria a pena?
Que droga, Ezra. Claro que valeria...

Devia parecer uma idiota naquele momento. Sentia que olhava um campo vazio. Como se os meus olhos não vissem nada para além das imagens que os meus pensamentos formavam em minha cabeça. Ninguém se voluntariou por mim. Nada que não me impressione, mas... isso significa que já não há volta a dar. Agora eu precisava ser forte...

A mulher anunciando o rapaz que representaria o Distrito 7 me trouxe de volta à realidade. Fechei os olhos com força, mas quando os abri parecia confiante. Ergui o meu peito e fixei o meu olhar nas câmaras, sem sorrir. Quando dei por mim o rapaz já estava subindo para o palco... senti os meus olhos abrindo cada vez mais. Seria... Tyler!?

Aff! Não podia acreditar que aquele idiota iria para a Arena comigo! Como se fosse sozinha já fosse horrível o suficiente! Por amor de Deus, eu não mereço isso... não mereço! Passar os meus últimos dias com esse burro!?

A mulherzinha do Capitólio nos pede para nos cumprimentarmos, mas eu cruzo os braços.

- Acha mesmo que vou cumprimentar esse idiota? Pode esperar sentada, flor.

Assunto: Re: A Colheita: Distrito 07 Qua Jan 15, 2014 2:55 pm

Tyler Buckthorn

HAHAHAHA. – Se fodeu, idiota! – grito para Ezra. – Vai morrer naquela arena.
A ideia é muito engraçada, mas por apenas três segundos minha risada se tornou de fato uma gargalhada.
- Tyler Buckthorn. – Anunciou a otária do Capitólio.
Dessa vez, começo a gargalhar histericamente. Esses idiotas vão se arrepender por ter me escolhido.
Caminho em direção ao palco junto com os pacificadores. Meu distrito ficará muito feliz quando souber que terão um campeão como eu. Vencerei esses jogos, custe o que custar. Só de olhar Ezra já percebi que ela também não havia gostado por eu ser seu parceiro de distrito e blábláblá.
- Não irei cumprimentar essa garota estúpida – digo para a mulher otária. Depois olho para todos sorrindo como nunca. – Espero que fiquem feliz sabendo que voltarei para nosso amado Hall dos vitoriosos!

Admin Mensagens : 212 Data de inscrição : 14/11/2013

A DESPEDIDA

Após se cumprimentarem os tributos são escoltados para dentro do Edifício da Justiça.

Os tributos terão o direito de receber os familiares, por cinco minutos até serem levados direto para os aerodeslizadores que os levarão para o Capitólio.

Vocês devem postar como foi a despedida com os familiares ~~(SE HOUVER FAMILIARES)~~ e então aguardar a liberação do próximo post.

Assunto: Re: A Colheita: Distrito 07 Sáb Jan 18, 2014 5:12 pm

EZRA HEMLOCK

Estava putíssima com o Capitólio por esta merda toda. Ainda mais com Tyler por me chamar de estúpida em frente de todo o país. Quando os Pacificadores me seguram para me conduzir até ao Edifício da Justiça, faço força para eles me largarem e sigo em frente deles.
Eles me indicam para esperar numa pequena sala onde meus amigos e familiares viriam para se despedir. Solto uma gargalhada - amigos e familiares!? Já com sorte teria a visita da minha mãe e da idiota da minha irmã, que só viria para manter a reputação de menininha lindinha que ela é, ou finge ser. Sei lá.

Sento-me na cadeira enquanto espero por algum movimento do outro lado; em poucos segundos aparece a minha mãe seguida de Amelie.

- A minha menina! - ela lamenta, levando as mãos à cara. Eu nem me dou ao trabalho de me levantar da cadeira, mas ela faz questão de se aproximar e abraçar-me mesmo assim.
Eu tento manter a postura e continuar chateada, mas não consigo. A partir do momento em que sinto uma lágrima correndo em meu rosto, soube imediatamente que simplesmente não consigo. Eu iria muito provavelmente morrer naquela Arena e como tal este seria o meu último momento com a minha mãe, que por mais que sempre me tivesse feito sentir inferior a Amelie, não deixou de ser minha mãe. E só me aperceber disso neste momento fez-me sentir terrível.
Então eu me levanto e abraço ela de volta. Digo-lhe que vai ficar tudo bem, mesmo sabendo que é mentira. Mas eu irei dar o meu melhor para que essa mentira se torne o mais parecido com a realidade possível.

A minha mãe se afasta, limpando as lágrimas dos olhos, e eu fico cara a cara com Amelie. Ela não chorava, mas também não sorria. Ela sempre foi uma garota difícil de entender, talvez ainda pior que eu nesse aspeto.
Ela não diz nada, então eu tenho que pensar em qualquer porcaria para dizer.

- Então, parece que esta é a nossa despedida - digo, com um sorriso irônico.

- É... - ela se limita a responder.

- Tome conta da mãe, viu. - continuo, seriamente.

- O-okay - ela responde, nervosa. - Bo... boa sorte.

Suspiro. Esta garota é tão, mas tão sonsa...
- Obrigada - respondo secamente. - Agora volte lá para a sua vidinha, não precisa de perder mais tempo comigo.

- Ezra! - A minha mãe exclama. - Por favor, não se tratem assim numa altura como esta!

- O que importa agora? - respondo, soltando uma pequena risada.
Felizmente, o Pacificador entra de rompante e escolta a minha mãe e Amelie até à saída, indicando o fim do seu tempo. Eu me volto a sentar na cadeira esperando, mas tal como previra, mais ninguém veio.

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